No próximo domingo, milhões de estudantes em todo o Brasil vão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021. Nesta primeira etapa, os candidatos farão provas objetivas de linguagens e ciências humanas, além da redação, única avaliação subjetiva do Enem.
Na noite de ontem, o Correio realizou uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, em parceria com o Colégio Sigma, reunindo professores com dicas para quem vai se submeter ao teste. A jornalista Sibele Negromonte mediou a conversa com os docentes da instituição de ensino, que abordaram temas com possibilidade de cair na prova, deram dicas sobre a dissertação e comentaram pontos específicos do conteúdo exigido.
Para a prova de linguagens — que comporta as disciplinas de literatura, língua portuguesa, artes e educação física —, o professor de português Josino Neto, conhecido pelos alunos e colegas como Jota, explica que as questões de gramática não são o foco, e é preciso atentar-se, principalmente, a questões de compreensão e interpretação de texto.
Interpretação
"São 45 questões na prova de linguagens com muitos textos. Uma dica que dou aos alunos é que eles leiam primeiro os enunciados para, depois, verem os textos das questões. Além disso, os textos podem servir de base para o aluno responder a questão e até mesmo elaborar a redação", explicou o professor, afirmando que a primeira coisa que o candidato deve fazer é abrir o caderno e olhar o tema da redação.
Já na prova de ciências humanas, o professor de história Erik Surjan, aposta em questões vinculadas à sociedade e economia, com enunciados mais conteudistas. Para ele, as razões para isso são associadas à atual conjuntura política do governo brasileiro.
"Vão cair questões vinculadas à sociedade e à economia. As questões políticas certamente geram polêmica, o que não agrada o governo atual. Deve cair Era Vargas, dentro das áreas social e econômica. É um tema muito relevante na história do Brasil, mas não caiu em 2019 e 2020. Então, não acho que deve ficar mais um ano sem a presença da Era Vargas na prova", pontuou.
Em geografia, Paulo Macedo aponta que devem constar temas como meio ambiente, agronegócio, geografia física, população, urbanização e a questão hídrica. O professor do Sigma também orientou sobre o que fazer em caso de dificuldades nas questões. "É marcar interrogação e ir para outra pergunta. Se ele ficar lendo muito tempo até ter a confiança de assinalar a questão, vai acabar extrapolando a média de três minutos. No final da prova, é voltar nas questões que teve dúvida", sugeriu.
A três dias do Enem, o professor de filosofia, Edivaldo Montes dos Santos, disse que os alunos não devem mudar a rotina e recomendou descanso e estudos mais leves para a revisão. "Revisitar mapas mentais, resumos, ver as aulas gravadas com professores de confiança. Não adianta mudar a rotina agora. A ideia é buscar o equilíbrio e a energia necessária para enfrentar os obstáculos", disse.
Na próxima quinta-feira o Correio vai receber outros quatro professores do Colégio Sigma para outra live sobre o Enem, com profissionais das áreas de matemática, química, física e biologia, disciplinas que vão cair na segunda etapa do exame, marcada para o dia 28 de novembro.
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