Em entrevista ao CB.Saúde - programa do Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília - desta quinta-feira (18/11), a endocrinologista do Hospital Brasília Jamilly Draco destacou a importância do tratamento da diabetes e da atenção à saúde para receber o diagnóstico da doença o quanto antes. Além disso, a especialista ressaltou que a covid-19 pode causar uma piora da diabetes, além de provocar uma subnotificação.
A médica avaliou que o novo coronavírus provocou uma menor busca por exames e um maior risco de morte em razão da infecção em pessoas diabéticas. “Na pandemia ocorreram dois grandes fenômenos: deixamos de diagnosticar novos casos, porque as pessoas ficaram mais em casa e deixaram de procurar os serviços médicos; e a própria infecção de covid-19 que fez um movimento de piora da doença com alto grau de risco para a mortalidade”, explicou Jamilly à jornalista Carmen Souza.
Segundo a endocrinologista, cerca de 95 mil pessoas deixaram de tratar a diabetes no Distrito Federal durante a pandemia. Além disso, há uma parcela da população não saber que tem a doença. “É uma doença silenciosa. Os sintomas decorrentes da diabetes vão se dar quando tem um alteração muito aumentada da glicemia”, destacou a médica. Ela explica que o emagrecimento repentino, a turvação visual e os excessos de urina, de sede e de fome são alertas para consultar um profissional rapidamente.
Além disso, Jamilly ressalta que a diabetes tem relação com outras enfermidades de alto risco para os pacientes, evidenciando a necessidade de tratamento e diagnóstico prévio. “A doença está muito relacionada a outras complicações que é o nosso principal temor: a doença cardiovascular. Então pacientes que são portadores de diabetes têm mais risco de ter infarto e derrame. Quando a gente faz esse o diagnóstico em forma precoce, nós estamos também evitando outras doenças que causariam maior mortalidade”, afirmou.
Pré-diabetes
Segundo a endocrinologista, há uma dúvida comum é em relação a pré-diabetes e a diabetes e a diferença está na possibilidade de reversão. “Você como pré-diabético pode voltar com uma faixa de normalidade. Isso é uma carta na manga que a gente tem de mudança de estilo de vida, que é o grande tratamento para o pré-diabético”, ressaltou Jamilly.
A médica destacou que a mudança para pré-diabético consiste em fazer exercícios físicos, dormir bem, controlar os fatores estressores e procurar uma alimentação adequada. De acordo com a endocrinologista, a intolerância à glicose e a resistência insulínica é vista até 15 anos antes do aparecimento da doença propriamente dita, por isso a importância de fazer exames periodicamente.
Confira a entrevista completa
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