Apontada como "operadora financeira" de um esquema milionário de agiotagem, a nutricionista Raiane Campêlo está entre os presos da operação S.O.S Malibu, desencadeada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na terça-feira. Nas redes sociais, a mulher ostentava uma vida de luxo, com viagens e objetos de alto valor.
Além da nutricionista, foram presos o sargento da Polícia Militar (PMDF) Ronie Peter Fernandes da Silva, que era o chefe da organização criminosa focada em agiotagem; o irmão dele, o empresário Tiago Fernandes da Silva; e o pai dos dois, Djair Baia da Silva. As investigações revelaram que o policial militar é suspeito de gerenciar um negócio ilegal que movimentou R$ 8 milhões em seis meses, extorquindo pessoas.
Esquema
De acordo com a apuração da Polícia Civil, Raiane realizava saques de R$ 500 mil a R$ 900 mil na boca do caixa dos bancos onde a organização mantinha contas e levava o montante para casa. Os valores eram emprestados para vítimas com juros altíssimos. A nutricionista gerenciava, ainda, empresas, como uma academia e um fast-food no DF, e usava os estabelecimentos para lavar dinheiro oriundos dos juros cobrados pelo PM.
O namorado de Raiane, que não teve a identidade revelada, também é suspeito de participar da quadrilha. Ele foi preso na operação. Pelas redes sociais, a nutricionista publicava fotos em destinos turísticos paradisíacos.
Segundo as investigações da PCDF, a cobrança de quem não pagava as prestações do empréstimo em dia era feita por meio de coação e ameaças, o grupo tomava veículos e exigia a transferência de imóveis dos endividados. Os valores da agiotagem eram ocultados por meio da aquisição de veículos de luxo, registrados em nome de terceiros, bem como pela lavagem de dinheiro feita em quatro empresas de fachada, sediadas em Águas Claras e Vicente Pires. (DD)
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