O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai aplicar uma pesquisa nacional sobre casos internos de assédio moral, sexual ou preconceito. O questionário será administrado entre 22 de novembro e 3 de dezembro, de forma sigilosa, a todos do quadro de pessoal do Poder Judiciário. O objetivo é conhecer a realidade das unidades de Justiça em relação ao tema.
A pesquisa nacional vai ouvir magistrados(as), servidores(as), estagiários(as) e colaboradores(as) terceirizado(as) sobre essas violações de direitos. O estudo assegura o sigilo dos(as) participantes e os resultados deverão ser apresentados em dezembro.
O levantamento é uma das ações do Comitê de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, Sexual e da Discriminação no Poder Judiciário para acompanhar a implantação da Política Nacional nos tribunais. A ideia é avançar na solução contra o problema e dar o pontapé inicial para implementar e acompanhar as ações de prevenção e de combate ao assédio.
Pesquisa
O questionário será aplicado periodicamente, para levantar dados e relatos, a fim de acompanhar os índices de assédio e discriminação e as políticas adotadas pelos tribunais para prevenir e coibir as práticas. Com as aplicações constantes, será possível comparar os resultados da pesquisa.
A análise vai permitir a identificação do que deve ser melhorado ou mantido, além de sugerir a adoção de políticas voltadas para a prevenção e combate ao assédio e discriminação.
O CNJ acredita que um ambiente de trabalho harmônico e respeitoso, além da boa saúde do público interno do Poder Judiciário, são de extrema importância para a qualidade dos serviços prestados. A pesquisa vai colaborar com o ambiente de trabalho e saúde dos trabalhadores.
O formulário permitirá que o comitê entenda quais as situações mais frequentes, quem são as vítimas mais comuns desses abusos e onde estão sendo cometidos. Assédio é toda conduta abusiva, seja por gestos, palavras e atitudes, que — repetidas de forma sistemática — atingem a dignidade, a integridade psíquica ou física de um trabalhador.
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Consequências
Entre os exemplos dessas atitudes estão as críticas constantes; a sobrecarga intencional de tarefas ou o oposto, quando o chefe faz o(a) trabalhador(a) se sentir inútil; o tratamento grosseiro. Entre as consequências possíveis dessas atitudes estão a desmotivação do(a) trabalhadora(a), a redução da autoestima, o desenvolvimento de um quadro de ansiedade ou depressão — o que pode ocasionar licenças médicas frequentes.
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