ECONOMIA

Comércio do DF se prepara para o Natal e espera crescimento nas vendas

Venda de árvores, pisca-pisca e presépio deve movimentar o fim de ano. Sindivarejista estima alta nas vendas de 10% a 12% nesses itens este ano

Cibele Moreira
postado em 14/11/2021 06:00
 (crédito: Fotos:  Carlos Vieira/CB/D.A Press)
(crédito: Fotos: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

Faltando pouco mais de um mês para o Natal, os brasilienses começam a busca por itens natalinos. Árvores, pisca-pisca, papai-noel, presépio e outros artigos decorativos devem movimentar a economia local neste fim de ano. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF), há uma expectativa de aumento de 10% a 12% nas vendas desses produtos em 2021, quando comparado com o mesmo período de 2020. Uma boa perspectiva para o setor que sofreu durante o período de pandemia.

Vice-presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta aponta que o crescimento é impulsionado pelo avanço da imunização no Distrito Federal e pela taxa de transmissão, que vem baixando. "No ano passado, as pessoas estavam com muito medo da pandemia da covid-19, de sair na rua, de ir nas lojas. Este ano, as famílias vão receber mais os parentes em casa, com todo mundo vacinado. Nesse sentido, a busca por artigos de decoração vai ser maior", avalia Abritta. Se considerar a procura por presentes, o sindicato estima um aumento de 15% a 20%.

Presidente do Sindivarejista, Edson de Castro prevê que a liquidação de produtos e promoções serão os principais atrativos do comércio, com um fluxo de 95% das compras por cartão de crédito. "Estamos com uma expectativa excelente. Os empresários estão muito confiantes para este ano. Agora, no início de novembro, o movimento ainda está pequeno. Estamos apenas começando", afirma.

Gerente de uma loja de artigos de decoração para casa, na Feira dos Importados, Viviane Xavier, 34 anos, conta que percebeu um aumento nas vendas de fim de ano. "Por incrível que pareça, 2020 foi um dos nossos melhores faturamentos na loja. E já estamos superando o fluxo de procura neste ano", ressalta. Para ela, uma das coisas que tem contribuído para esse cenário são os preços. "Conseguimos segurar, mesmo com a crise, não repassamos o valor para o cliente. Isso ajuda muito", argumenta Viviane.

Moradora do Guará, Rayanne Araújo Bastos, 29, destaca que esta é a primeira vez vai decorar a casa para o fim de ano. "Sempre temos o costume de reunir a família no dia de Natal, mas não montamos a árvore e essas coisas. Agora, com a minha sobrinha pequena, de 2 anos, queremos criar memórias deste período natalino", relata. "Estamos pesquisando os preços, vendo como vamos fazer ainda", finaliza a empresária.

A servidora pública Marli Felix, 57, não está muito contente com os preços que tem encontrado dos itens de decoração. "Está tudo muito caro e com uma qualidade inferior", reclama. Porém, a moradora do Plano Piloto afirma que não vai fazer tanta pesquisa. "Vou olhar em alguns lugares, mas não muitos. Quero resolver isso logo", destaca ela, que quer mudar as cores dos enfeites da árvore de Natal. Marli complementa que, a alta do dólar pode ser um dos fatores que contribuíram no encarecimento dos produtos.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio), José Aparecido Freire, pondera que o dólar, a alta da inflação e do combustível são os grandes vilões para o setor neste fim de ano. "Isso atrapalha bastante, mas estamos com uma perspectiva positiva para 2021. Devemos chegar no mesmo patamar de vendas do registrado no segundo semestre de 2019", adianta. De acordo com Freire, a Black Friday deve impulsionar o segmento. "Esperamos entrar em 2022 com muita coisa boa", finaliza.

 

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Preços variados

» Árvore de natal
R$ 30 (pequena de mesa) / R$ 200 (média) / até R$ 30 mil (grande)

» Enfeites — R$ 2 a R$ 65

» Pisca-pisca — a partir de R$ 12

» Presépio — R$ 225 até R$ 15 mil

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