A areia da ampulheta escorre rápido. Se a capital federal não mudar a estrutura da pirâmide que sustenta a economia local, não conseguirá mais se sustentar. As projeções das contas públicas apontam que o atual formato, em que o Estado é o maior provedor, está com os dias contados. A data limite é 2030. Por ano, o DF registra um aumento de 120 mil habitantes. Como ter uma arrecadação tributária que garanta os serviços essenciais à população? Para isso, é preciso estimular o crescimento do comércio, a indústria e a prestação de serviços. Os caminhos estão traçados para virar esse jogo, mas será necessário um esforço concentrado do GDF e do setor produtivo para não deixar o trem descarrilhar: o que colocaria em risco, por exemplo, o pagamento do funcionalismo local. O raio-X dessa engrenagem foi apresentado ontem, no evento Correio Talks. E, do debate, saiu um consenso: todos querem um crescimento rápido, porém sustentável.