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Instituto e ministério doam três cães-guias para cegos do DF

Evento no Ministério da Justiça e Segurança Pública doou três cães-guias para deficientes visuais do Distrito Federal. Os cães são treinados para auxiliar na locomoção de pessoas com deficiência visual

Pablo Giovanni*
postado em 04/11/2021 16:27 / atualizado em 04/11/2021 16:27
Desde 2005, uma norma garante a deficientes o direito de entrar com o cão-guia em espaços públicos e privados de uso coletivo, como ônibus, metrô, restaurantes e supermercados -  (crédito: MJSP/Divulgação)
Desde 2005, uma norma garante a deficientes o direito de entrar com o cão-guia em espaços públicos e privados de uso coletivo, como ônibus, metrô, restaurantes e supermercados - (crédito: MJSP/Divulgação)

Andar pelas ruas e avenidas do Distrito Federal, subir e descer escadas, atravessar faixas de pedestres e pegar transporte público podem parecer atitudes simples do nosso dia a dia, mas fazer tudo isso no escuro é um desafio enorme para quem é deficiente visual.

Para o auxílio dessas pessoas, entram em cena os admiráveis cães-guias, que são de suma importância para pessoas com deficiência. Eles são bons amigos e fortalecem a qualidade de vida e a reabilitação das pessoas, além de serem extremamente dóceis e obedientes.

Entre vários institutos espalhados pelo Brasil na formação de cães-guias, o Programa Cão-Guia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IFGO), em parceria com o Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas (VIGIA) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), doou, na manhã desta quinta-feira (4/11), três cães-guias para três deficientes visuais do Distrito Federal.

“Após o período de socialização e treinamento de cão-guia já realizado, esses cães labradores foram cedidos para essas pessoas com deficiência visual. Essas pessoas ficarão responsáveis pelos cães e terão que custear a parte de alimentação e os cuidados. O programa auxilia apenas na parte técnica”, disse o treinador e instrutor de cão-guia, Franklin Amorim.

Os três cães, treinados em um canil com área de 20 mil metros quadrados na cidade de Urutaí (GO), poderão auxiliar na vida dos deficientes visuais a partir de hoje. Desde 2005, uma norma garante a deficientes o direito de entrar com o cão-guia em espaços públicos e privados de uso coletivo, como ônibus, metrô, restaurantes, supermercados, etc. “Os cães-guias têm livre acesso aos locais públicos e privados. O descumprimento da lei pode acarretar em indenização”, concluiu o treinador.

A certificação dos cães e a escolha de quem receberá o animal foram feitas pelo corpo técnico do IFGO e por instrutores Bombeiros Militares, cedidos ao ministério.

Programa de cão-guia no DF

O Distrito Federal tem um programa chamado "Programa Cão Guia", realizado pela Associação Brasiliense de Ações Humanitárias (ABA), em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar, através da APROS (Assessoria de Programas Sociais).

O programa, que trabalha com a socialização dos animais e, posteriormente, início do tratamento para os cães se tornarem guias de cegos, os militares praticam com profissionais de outras áreas o reforço da alimentação, medicação e assistência veterinária dos cães.

O processo de socialização com a família hospedeira dura dez meses. No período, o cão tem uma rotina normalmente com o seu tutor, como saídas para conhecer ambientes como meios de transporte, centros comerciais, etc. Após o período, o animal inicia um outro treinamento especial para a formação do cão-guia. Este, com duração de seis a oito meses, em tempo integral.

A seleção dos candidatos a usuários de cão-guia é feita simultaneamente aos treinamentos dos cães. A seleção acontece por meio do Cadastro Nacional de Candidatos a Utilização de Cães-Guia, criado em 2014 pela Secretaria de Direitos Humanos.

*Estagiário sob supervisão de

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