Morte

Morre idosa atropelada por adolescente em Ceilândia, aos 67 anos

Ivonete Marcelina estava internada em estado grave desde a última segunda-feira (25/10). "Alguma coisa tem de ser feita", cobra filha. Vítima foi atropelada, por um adolescente, enquanto atravessava faixa de pedestres em Ceilândia

Morreu, aos 67 anos, Ivonete Marcelina, idosa que foi atropelada por um adolescente de 16 anos em uma faixa de pedestres em Ceilândia na última segunda-feira (25/10). Segundo a filha Alessandra Araújo, 45, a dona de casa morreu às 18h desse sábado (30/10).

“Minha mãe não merecia isso”, lamentou Alessandra, em declaração ao Correio. A psicóloga descreveu a situação como “muito ruim e pesada.” Segundo a filha, a família está lidando com as questões para o enterro da mãe. “Está difícil ter de preparar tudo, escolher o ritual, porque tudo isso significa que ela não está mais no meio da gente”, condoeu-se.

Ivonete voltava da fisioterapia a pé em Ceilândia e, ao atravessar a faixa de pedestres, foi atingida por um carro. O veículo era guiado por um jovem de 16 anos, não habilitado. De acordo com a família, o adolescente não prestou socorro, mas ficou em um quiosque próximo ao local do ocorrido.

No dia do acidente, a idosa foi encaminhada para o Hospital de Base, onde deu entrada às 15h, e na mesma noite foi transferida para unidade de tratamento intensivo (UTI), em coma grau 3, o mais grave segundo os médicos. Ela permaneceu em estado grave, porém estável, até a tarde de sábado, quando a família foi avisada que a situação tinha se agravado. Por volta das 18h30, Alessandra foi avisada que a mãe havia morrido 30 minutos antes.

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Pedido por justiça

“Alguma coisa tem de ser feita”, clamou a psicóloga, destacando que a família cobra responsabilização do condutor pela morte de Ivonete. “Começa a ser suscitado no nosso coração essa angústia muito grande de ela ter sido assassinada. Porque não foi acidente, foi um assassinato. Um adolescente pegou um carro inconsequentemente e tirou a vida da minha mãe”, cravou Alessandra.

A família do jovem continua em silêncio, sem declarar nada sobre a situação. A psicóloga relatou que ela e a família não foram procurados desde o atropelamento, à exceção de uma conversa presencial entre um familiar do adolescente e o cunhado de Alessandra, logo após o caso ganhar repercussão na mídia.