A diretora da penitenciária feminina do Distrito Federal, Marília dos Santos de Oliveira, à frente da instituição desde fevereiro de 2021, foi afastada do cargo a pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que apura fraude no serviço voluntário.
O Ministério Público vai apurar se houve fraude no serviço voluntariado dentro do presídio. Uma das suspeitas, segundo o MP, é que Marília Oliveira e outros servidores da penitenciária assinavam horas extras no presídio sem, de fato, trabalharem no horário combinado.
Cada hora extra trabalhada dentro do presídio é R$ 50 e, no caso de Marília, ela havia alegado que trabalhou 15 horas extras, ou seja, recebeu R$ 750 a mais no contracheque sem ter desempenhado suas funções no serviço voluntário. Para o andamento das investigações, ela foi afastada do cargo.
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Mudanças
A primeira movimentação para o afastamento de Marília Oliveira foi a publicação no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de sexta-feira (22/10). Na publicação, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) determinou que diretores e diretores-adjuntos dos presídios e estabelecimentos penais não poderiam mais se inscrever no serviço voluntário. Questionada, a secretaria afirmou que seguiu recomendação do MPDFT para a mudança.
Em outro contato com o Correio, a secretaria afirmou que está colaborando com o Ministério Público para a apuração de fraudes no serviço voluntário de todas as unidades penitenciárias. A pasta ainda afirma que já abriu processo de exoneração da servidora, conforme também solicitado pelo MPDFT.
O MPDFT informou que o caso corre em segredo de justiça e, portanto, não pode comentar sobre o assunto. O Correio tentou entrar em contato com a defesa da ex-diretora da Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), mas até o momento a defesa não respondeu à nossa reportagem.
Até a publicação desta reportagem, ainda não houve nova nomeação para a penitenciária feminina do Distrito Federal.
*Estagiário sob supervisão de Nahima Maciel