O Governo do Distrito Federal vai autorizar, nos próximos dias, o retorno às aulas 100% na modalidade presencial. A informação foi divulgada pela Secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, na redes sociais nesta quinta-feira (21/10).
No vídeo divulgado, a secretária afirmou que o governador Ibaneis Rocha (MDB) vai publicar um decreto que retira uma série de medidas restritivas que "impedem as aulas 100% presenciais". Hélvia não deu mais detalhes como datas e protocolos. "Com essas alterações, em poucos dias, todos os estudantes da rede pública estarão 100% presencialmente nas escolas", complementou a secretária.
O Correio apurou que as conversar internas entre a Educação e o governador é que o novo decreto sobre as aulas presenciais seja publicado semana que vem. Porém, ainda não há uma data certa. O sistema de ensino público, atualmente, funciona com o sistema híbrido, a fim de evitar a disseminação da covid-19 entre alunos e corpo docente.
O diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), Samuel Fernandes, afirmou que a determinação de volta presencial é “absurda”. "Todos os dias há casos de alunos e professores contaminados nas escolas e mesmo acontecendo esses casos, o governo não faz a testagem nas escolas. Em muitas escolas não há desinfecção adequada, mesmo diante de casos positivados. Um retorno de 100% nesse momento só vai agravar a situação", destacou.
Além disso, o diretor do sindicato lembrou que nem todas as faixas etárias foram vacinadas contra a covid-19. " O governo precisa rever essa decisão. Os alunos da Educaçao Infantil e do Ensino Fundamental I não estão vacinados. Professores, alunos e toda comunidade escolar estarão correndo sérios riscos de contaminação e consequentemente de morte com essa decisão absurda", completou.
Covid-19
Nas últimas 24h, o Distrito Federal registrou uma queda na taxa de transmissão da covid-19 pelo 12ª dia consecutivo. O índice saiu de 0,87 para 0,85 nesta quinta-feira. Os dados são do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde.
De acordo com o documento, a capital registrou 421 novos casos e 11 mortes pela doença. Com as atualizações, a média móvel de casos chegou a 480,29, valor 60,31% menor que o registrado há duas semanas. Já a mediana de mortes está em 13,14, equivalente a uma queda de 12,38% quando comparado com o valor de 14 dias atrás