O Distrito Federal registrou o menor número de casos de covid-19 em 24 horas desde 8 de agosto. Ontem, a Secretaria de Saúde (SES-DF) confirmou mais 395 infecções. O dado, no entanto, não indica que os diagnósticos da doença estão, necessariamente, em queda no DF, já que há atraso nas notificações em relação à pandemia. Sem óbitos do dia, a SES-DF contabilizou 17 mortes em decorrência da doença — pessoas que faleceram em datas anteriores, mas tiveram a causa do óbito confirmada ontem. Todas as vítimas morreram entre 8 e 14 de outubro, sendo 10 apenas na quinta-feira.
No total, o Distrito Federal amarga 10.681 vidas perdidas desde o início da pandemia e 509.543 casos, dos quais 491.748 (96,5%) são considerados recuperados. As médias móveis, usadas justamente para amenizar os atrasos nas notificações da doença, apresentaram queda — quando a variação dos dados do dia não passa de 15%, tanto para mais quanto para menos. O cálculo para os casos não apresentava redução desde 18 de setembro e, de lá para cá, oscilou entre estabilidade e crescimento.
Taxas
A média móvel de infecções caiu 21,3% na comparação com 1º de outubro, 14 dias atrás, e chegou a 681,6 ontem. O resultado para as mortes diminuiu 17,2% em relação ao mesmo período e alcançou 13,7. Especialistas destacam o avanço da vacinação como fator importante para essa queda. A taxa de transmissão do vírus, que indica a reprodução da doença e ajuda a visualizar o desenvolvimento da pandemia, ficou em 1, ontem, após 17 dias acima do numeral. O índice mostra que cada 100 pacientes com covid-19 podem transmiti-la a outras 100 pessoas, apontando que a contaminação está estável — a transmissão é considerada fora de controle quando o resultado está maior que 1.
Das 17 mortes notificadas, ontem, apenas duas vítimas não sofriam de qualquer comorbidade. Problemas cardíacos afetavam 12 pacientes e distúrbios metabólicos, seis. Três pessoas apresentavam pneumopatia. Obesidade e imunossupressão acometiam uma vítima, cada. Um paciente veio a óbito em casa, e outros 10 faleceram em unidades da rede pública de saúde do DF. Quatro pessoas tinham entre 30 e 49 anos.
Vacinômetro
Ontem, 740 brasilienses receberam a primeira dose (D1) das vacinas contra a covid-19 e outros 16.550 foram vacinados com a segunda aplicação (D2). Em relação à terceira dose (D3), 4.567 unidades de reforço foram aplicadas ontem. Ainda na sexta-feira, 38 pacientes foram imunizados com a vacina de dose única (DU). No total, o DF tem 2,2 milhões de cidadãos imunizados com a D1, o que representa 86,3% da população distrital com 12 anos ou mais. Mais de 1,4 milhão de pessoas receberam a D2 e a DU, portanto, estão com o ciclo vacinal fechado.