A secretária de Justiça, Marcela Passamani, foi a entrevistada do CB.Poder desta sexta-feira (15/10) — programa do Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília. Na bancada, a entrevista foi conduzida pela jornalista Adriana Bernardes. A secretária falou sobre a questão da vulnerabilidade menstrual que atinge aproximadamente 50 mil meninas, entre 12 e 17 anos, no Distrito Federal (DF), e sobre os programas assistenciais que estão sendo desenvolvidos para atender jovens do sistema socioeducativo.
Para a secretária, falar sobre a pobreza menstrual deve deixar de ser um tabu na sociedade e, para isso, a Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejus) está desenvolvendo um projeto que focará na dignidade feminina e levará o debate para as escolas do DF. “São muitas informações que começam desde a vergonha e constrangimento de meninas pelo fato de menstruar, então a Sejus está trazendo o tema, que envolve também gravidez precoce e todas as questões da sexualidade, temas que precisamos levar para essas meninas que estão nesse período de transformação”, explicou Marcela Passamani.
O projeto é realizado em parceria com as secretarias de Saúde e Educação e quatro escolas já foram escolhidas para dar início ao projeto, que também contará com a doação de dez mil absorventes. O Governo do Distrito Federal determinou que o projeto atendesse todas as mulheres do DF. A secretária comenta que iniciou com um recorte na comunidade escolar e que o objetivo é ampliar para outros públicos.
Na entrevista, a secretária também comentou sobre a reinauguração do posto do Na Hora da rodoviária do Plano Piloto e disse que o objetivo é expandir os serviços da unidade para as demais Regiões Administrativas (RAs). “De modo que possamos suprir a necessidade dos usuários para que não tenham condições de se locomover para outra região ou que não tenham acesso ao meio digital, um funcionário ficará a disposição da população”, disse.
A atenção voltada para o sistema socioeducativo é outra preocupação da Sejus. Marcela Passamani conta que cerca de três mil jovens estão vinculados nesse sistema e que seu trabalho é focado na ressocialização e na educação para que possa garantir oportunidades no mercado de trabalho por meio de cursos profissionalizantes, como o Senac, SESI e Sesc.
“Existem projetos voltados para acolher esses jovens. Há menos de um mês assinei um termo de cooperação técnica com STF para que possamos encaminhar esses jovens para estágio dentro do tribunal, inclusive dentro da Sejus já trabalhamos com trabalhadores presos na Funape temos esse serviço tanto com os jovens quanto com o sistema prisional”, explica.
A secretária ainda disse que pretende levar o atendimento da saúde para a população através de programas como o Sejus Mais Perto do Cidadão. “A preocupação é com a saúde da população e de disponibilizar vários serviços que possam atendê-los, serviços que são direito da população a partir do momento que levamos esse projetos a eles”, finalizou.
*Estagiária sob a supervisão de Nahima Maciel