O segundo Dia das Crianças em meio à pandemia de covid-19 registrou um momento inusitado entre as comemorações da data. Com a terça-feira de sol, muitas famílias escolheram o zoológico como programa para os pequenos. Como por volta das 10h, os 2,5 mil ingressos disponíveis tinham sido vendidos, alguns adultos não aceitaram a recomendação sanitária de limitação ao espaço.
A restrição de público acontece em virtude da pandemia, porém, após protesto de pessoas que estavam na fila — que chegou a atingir cerca de 1km — o Zoo não conseguiu conter o público exaltado — mesmo com a presença de contingente policial no local. Os portões foram abertos a todos os visitantes.
No início da pandemia, as visitas estavam limitadas para até 1.500 pessoas por dia. A ampliação para 2,5 mil foi autorizada em junho deste ano junto com a flexibilização de outros setores econômicos da capital.
A recomendação da Fundação Jardim Zoológico de Brasília é de que as pessoas cheguem cedo, principalmente, nos finais de semana e feriados, pois há o risco de fechamento total do parque caso atinja a lotação máxima. Além disso, a instituição recomenda ir ao Zoo em dias com menos movimento, que é de terça a sexta-feira.
Diversão
Quem procurou programas mais tranquilos para curtir com as crianças contou com uma série de atividades ofertadas no Deck Sul e Eixão.
A administração do Plano Piloto planejou um dia de brincadeiras no Deck Sul revitalizado recentemente. Na programação estavam previstas competições de futebol, skate e ping pong, oficinas de basquete, queimada e pula corda, além de diversas brincadeiras, distribuição de kits de lanches e premiações durante as atividades.
Jaqueline Amarilho, 37 anos, aproveitou o evento para levar o filho Miguel Amarilho, 6, para andar de skate. “É uma coisa que ele gosta muito. Ele está aproveitando muito”, disse Jaqueline. Miguel não deixou a pista por um minuto. “Acho necessário ter um espaço assim organizado para nós e as crianças aproveitarmos aqui no DF”, completou.
Ao ficar sabendo do evento, Georgete Paiva,63, levou a neta, Lara Nunes, 3, para interagir com outras crianças. “Com a pandemia, ela fica muito isolada em casa. Nós brincamos com ela, interagimos, mas não é a mesma coisa de encontrar outras crianças. Ela estava precisando disso”, diz Georgete. Segundo ela, Lara não queria sair das atividades. “Ela é muito ativa. Já foi na capoeira, no basquete e não dá sinal de cansaço”, afirmou a avó. As duas pretendiam passar a manhã aproveitando a programação especial.