Fiéis católicos começam, nesta sexta-feira (8/10), a novena anual em louvor a Santa Edwiges. A semana de orações terá missas das 15h às 19h, na Paróquia Santa Cruz e Santa Edwiges, na 905 Sul. A programação especial no templo religioso ocorre até a próxima sexta-feira (15/10). Em 16 de outubro, quando se comemora o dia da padroeira dos pobres e endividados, haverá missas de hora em hora, das 6h às 20h.
Edwiges nasceu durante a Idade Média, em 1174, e morreu aos 69 anos, na região da atual Polônia. A canonização ocorreu 24 anos depois. Depois da morte da duquesa de origem alemã, vários milagres foram atribuídos a ela. Hoje, a santa é venerada em igrejas por todo o mundo.
Vinda de família nobre, ela lutou pelo fim da miséria. Casada precocemente com um duque europeu, Edwiges visitava famílias pobres e marginalizadas enquanto o marido lutava em guerras. À época, a jovem ajudou pessoas como lavradores, presos ou prostitutas e assumiu dívidas dos mais necessitados.
Ela também contribuiu para a construção de conventos que abrigaram órfãos e viúvas de pessoas que lutaram na guerra. Depois da morte precoce de dois dos seis filhos e, também, do marido, Edwiges entrou para o convento de Trébnitz, município na Polônia, onde permaneceu até morrer.
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Em entrevista ao Correio, o padre Divino Alves explicou como serão as medidas sanitárias para conter a disseminação do novo coronavírus dentro da paróquia. "Vamos revezar entre uma capela e outra para dar tempo de limpar o ambiente de cada uma. Também teremos álcool em gel, pessoas para aferir a temperatura, limpar e higienizar os bancos, com distanciamento das cadeiras umas das outras. Temos essa preocupação com as medidas de segurança e estamos bem organizados", assegura.
Neste ano, a igreja vai doar 150 cestas básicas para a Associação Casa de Misericórdia Padre Dario, em Luziânia (GO), Entorno do DF. Antes da pandemia, eram 170 pessoas em situação de rua, com 150 cestas básicas todo mês, que eram levadas para esta casa. Assim como em todo mês, a Paróquia doa 50 a 60 cestas aos vicentinos de Santa Maria, pessoas ligadas à Vicente de Paulo (sacerdote que cuidava de doentes).
"É assustador como a quantidade de pobres e pedintes aumentou em Brasília de dois anos para cá. Doamos cestas básicas, mas, às vezes, não temos dinheiro para comprar um remédio que alguém precisa. Ela (Santa Edwiges) sempre teve um olhar muito grande e profundo para o social, para os órfãos e sobreviventes de guerra, além de cuidar dos doentes. Então, a gente faz na medida que pode, porque a responsabilidade é do governo", conclui padre Divino.