O corpo de Cilma da Cruz Galvão, 51 anos, auxiliar de limpeza e diretora de Políticas para as Mulheres e Combate ao Racismo do Sindicato de Serviços Terceirizáveis (Sindiserviços-DF), brutalmente assassinada a facadas dentro do apartamento no qual morava, em Santa Maria, vai ser velado e enterrado nesta quarta-feira (6/10), a partir das 15h, no cemitério Jardim Metropolitano, em Valparaíso.
O crime foi na madrugada do último domingo (3/10), em um condomínio do Setor Total Ville. O principal suspeito do crime é o companheiro da vítima, Evanildo das Neves da Hora, 37, com quem se relacionava há pouco mais de seis meses.
Vizinhos relataram que o casal tinha um relacionamento conturbado e, pouco antes do assassinato, eles discutiram. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada para uma ocorrência de violência doméstica por volta de 12h50. O filho de Cilma havia tocado a campainha do apartamento da mãe, mas não obteve resposta. Ele, então, decidiu arrombar a porta e a encontrou morta na cama, com diversos ferimentos no abdômen e nas pernas, aparentemente causados por uma faca.
Imagens do circuito interno de segurança do condomínio mostraram o suspeito deixando o local por volta de 1h30, pouco tempo depois do crime. Na filmagem, Evanildo sai do prédio carregando uma bolsa nas mãos. O suspeito continua foragido.
Violência contra mulher
De janeiro a agosto deste ano, 17 mulheres foram vítimas de feminicídio na capital do país — mesma quantidade de todo 2020. O balanço da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) referente aos casos de feminicídio registrados no primeiro semestre deste ano mostra que, das 17 vítimas do período, 47,1% morreram como Cilma, com golpes de arma branca.