O cinegrafista Magno Lúcio, 52 anos, que foi esfaqueado por assaltantes às 5h30 da última segunda-feira (4/10), fala com dificuldades após cirurgia no intestino, que durou das 7h às 12h no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). É o que afirma a esposa do profissional, Ivanete Rabelo, 44, que conseguiu falar com o marido no quarto de um hospital particular de Taguatinga.
“Ele está consciente e lutando. Mas não perdeu nenhum movimento do corpo. Está conseguindo falar com um pouco de dificuldade, porque ele está com a sonda. Só a recuperação que é difícil. Ele vai melhorar”, diz a esposa de Magno.
Ivanete conta que os médicos tiraram um pedaço do intestino e tiveram que reestruturar os órgãos. Por volta das 15h30, Magno foi levado para sala de tomografia, pois o exame irá identificar se ele precisa de uma nova cirurgia ou não. "Ele vai fazer uma tomografia porque está com bolsa de colostomia inchada, e ela tem que estar vazia pra fazerem uma outra cirurgia", conta a companheira de Magno.
“Quando é assim, os médicos disseram que têm que reavaliar. O corte foi no baço, fígado e no duodeno (parte do intestino delgado), onde é muito difícil de cicatrização porque passa muito líquido”, relata a promotora de vendas.
Saiba Mais
Ela conta que deixou de ir a uma entrevista de emprego na tarde desta terça-feira em uma farmacotécnica, pois quer acompanhar de perto o quadro de saúde do marido.
“Seria perto da Cidade do Automóvel. Mas a gente vai aguardar. Os médicos vão esperar sete dias para ver se o organismo por si só cicatriza. Ele (cirurgião) disse que esse procedimento é normal de ser repetido para quem passa por esse corte no duodeno”, complementa.
Relembre o caso
Por volta das 5h30 dessa segunda-feira (4/10), Magno Lúcio foi atingido por um golpe de faca na altura do abdômen durante um assalto, próximo ao umbigo, por volta das 5h30, na última parada de ônibus do P2 no P Sul, região de Ceilândia.
De acordo com o autônomo Diego da Cunha Serra, 26, que se identificou ao Correio como filho do cinegrafista, Magno estava a caminho do trabalho quando um carro com dois homens parou e abordou as pessoas que estavam na parada de ônibus, pedindo seus pertences. “Eles roubaram todos que estavam na parada. Um deles pegou os pertences do meu pai, mas, pelo o que me passaram, o outro cara tentou fazer a mesma abordagem. Ele falou que já havia entregado tudo, mas o cara não acreditou e esfaqueou”, disse.
Magno tem dois filhos, um neto, e vive em união estável com Ivanete Rabelo. O cinegrafista também já foi funcionário do Correio e trabalhou como motorista no jornal. Romualdo Dourado Neto, 59 anos, controlador de tráfego do Correio, conta que Magno é uma pessoa muito sorridente. “Ele sempre foi tranquilo, pai de família e muito feliz. É um grande amigo nosso, de vez em quando nos encontrávamos devido ao trabalho”, cita.