O Comitê de Monitoramento do Retorno às Aulas Presenciais do Distrito Federal — constituído pela Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Câmara Legislativa, Defensoria Pública do DF, OAB-DF, Conselho de Saúde do DF, Observatório da Educação Básica da UnB, Fórum Distrital de Educação, Sindicato dos Professores, Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas e União Brasileira de Estudantes Secundaristas — pede antecipação da aplicação da dose de reforço nos profissionais de educação. O grupo enviou um ofício ao GDF na última segunda-feira (25/10) com esse e outros pedidos.
De acordo com o documento, até 22 de outubro, foram contabilizadas 144 escolas com casos confirmados de contaminação pela covid-19. "Inclusive com transmissão no interior da unidade de ensino, bem como o
falecimento de dois professores", diz o documento. O comitê manifesta preocupação com o retorno 100% presencial, marcado para 3 de novembro. "Nossa preocupação se eleva diante da comunicação do Sr. Governador e da Sra. Secretária de Educação, no final da tarde do dia 22 de outubro, do retorno pleno, com 100% dos estudantes, das aulas presenciais a partir de 3 de novembro próximo, faltando pouco mais de um mês para o término do ano letivo", diz o texto.
O ofício foi elaborado pela deputada distrital Arlete Sampaio (PT) e assinado pelos representantes das outras entidades. O documento traz as seguintes sugestões:
1. Que a retomada plena das aulas presenciais seja precedida pela construção de um Plano de
Contingência com a participação e o pleno conhecimento de todos os Diretores das unidades,
expressando o engajamento conjunto da Secretaria de Educação e da Secretaria de Saúde;
2. Que seja garantida a observância do protocolo sanitário, com efetivo monitoramento por
parte das duas Secretarias, de modo a proporcionar intervenções necessárias à garantia da
segurança sanitária para evitar a disseminação de casos dentro das unidades e na Comunidade;
3. Que seja feita uma busca ativa de integrantes da comunidade escolar, com a realização de
um trabalho de convencimento àqueles que se recusaram se vacinar;
4. Que seja garantida a cada escola a definição de uma UBS de referência a que possa se
referenciar diante de suspeição de casos de contaminação de alunos e de membros da Comunidade
escolar;
5. Que seja dado tratamento específico e diferenciado à Educação Especial, Educação Infantil e
Educação Precoce, por razões inerentes a cada uma dessas modalidades de ensino;
6. Que sejam tratadas, também de maneira diferenciada, as escolas em tempo integral, com
observância criteriosa das condições sanitárias do transporte escolar e da alimentação;
7. Que ocorra a antecipação da dose de reforço da vacina para todos os profissionais da
educação;
8. Que sejam rigorosamente observados os critérios de limpeza e desinfecção do ambiente
escolar, o distanciamento físico nas salas de aula e espaços coletivos e ainda, o uso obrigatório de
máscaras.
Mudanças
No Diário Oficial desta quarta-feira (27/10), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), definiu novas regras de prevenção à covid-19 em escolas privadas com a revogação de cinco itens e a alteração de mais dois.
De acordo com o texto publicado, os números 1 e 11 do item F do decreto anterior, que determinavam o cumprimento dos protocolos e medidas de segurança gerais estabelecidos e a modificação das atividades desportivas de forma que fossem realizadas, preferencialmente, ao ar livre ou em ambientes ventilados, foram alterados.
Em relação à vacinação da dose de reforço, a Secretaria de Saúde foi procurada, mas, até a mais recente atualização desta reportagem, não se manifestou. O espaço segue aberto.
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