Crime

Estagiário usa cartão corporativo para viajar, malhar e pagar festas no DF

O universitário pagou viagens para a praia e noitadas em boates sofisticadas; o jovem chegou a financiar o próprio site com o dinheiro da empresa

Ana Laura Queiroz* - Estado de Minas
postado em 25/10/2021 19:38 / atualizado em 25/10/2021 20:25
Estagiário usa cartão corporativo para pagar viagens ao Rio de Janeiro, além de fazer compras e gastar com bebidas -  (crédito: Instagram/Reprodução)
Estagiário usa cartão corporativo para pagar viagens ao Rio de Janeiro, além de fazer compras e gastar com bebidas - (crédito: Instagram/Reprodução)

Um universitário brasiliense aproveitou o acesso aos dados do cartão corporativo da empresa em que estagiava para fazer a festa. Lucas Pereira de Figueiredo, de 23 anos, pagou viagens para a praia, noitadas em boates sofisticadas, bebidas caras e importadas. Além de sua mensalidade na academia e inúmeros deliverys de comida.

Tudo foi pago pelos cartões do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). Lucas era estagiário na área de tecnologia da informação da entidade e é acusado de copiar o número, a data de validade, o nome completo e o código de segurança das tarjetas.

A suspeita é que o jovem tenha aproveitado o livre trânsito em vários setores do Crea para ter acesso aos dados, de acordo com investigações da 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal.

O estudante, que ficou conhecido nas redes sociais como estagiário ostentação, cursa o 3º semestre de análise e desenvolvimento de sistema e trabalhou no Crea entre 23 de novembro de 2020 e agosto deste ano.

Segundo a polícia, Lucas furtou, inclusive, os tíquetes de vale-transporte das faxineiras da empresa.

'Estagiário ostentação'

O estagiário chegou a gastar R$ 332 em uma garrafa de uísque e viajar para o Rio de Janeiro. Lucas nunca escondeu a ostentação nas redes sociais e postou fotos nos pontos turísticos cariocas mais conhecidos. As informações foram apuradas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

O jovem usou, ainda, o cartão corporativo para pagar passeios de bicicleta, noitadas em boates, bebidas caríssimas e o financiamento da criação do próprio site.

À polícia, Lucas confessou ter furtado seis notebooks da propriedade do Crea. Os equipamentos foram vendidos nas “feiras do rolo” de Ceilândia e Taguatinga. O dinheiro das vendas foi usado para comprar roupas de grife e mais viagens.

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