Um vídeo obtido pela reportagem mostra a bebê de 6 meses, Amariah Noleto, — encontrada sem vida em uma creche na última quarta-feira (20/10) — sendo levada a um carro prata que chega nos fundos da instituição. Três pessoas saem do veículo para entrar no local, em seguida, uma das responsáveis pelo espaço, Marina Pereira da Costa, 22 anos, deixa a criança dentro do automóvel, enquanto o pai dela aguardava pela filha em frente ao portão principal.
As imagens mostram que a mulher coloca Amariah, enrolada em um pano, dentro do carro e sai do local no banco de passageiro do veículo. Caso o laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprove que Marina teve intenção de matar a vítima, a suspeita poderá responder por homicídio qualificado, segundo o delegado-adjunto da 31ª DP (Planaltina), Veluziano de Castro.
O investigador relatou que, as monitoras teriam dito a ele que a causa da morte seria por engasgo — versão descartada por uma médica do Hospital Regional de Planaltina (HRPL), onde foi confirmado o óbito da criança. Segundo o Cemitério de Planaltina, o velório da criança está marcado para começar às 14h deste sábado (23/10), e o sepultamento do corpo vai ocorrer às 16h30.
Confira o vídeo:
Relembre o caso
Na manhã de quarta-feira (20/10), o pai de Amariah, um jovem de 23 anos, saiu de casa para levar a menina à creche, na Quadra 4 da Vila Buritis. Por volta das 17h, ao voltar ao estabelecimento para buscar a bebê, ele enviou uma mensagem ao primo e disse estar em frente à creche. Em depoimento aos investigadores da 31ª DP, o rapaz contou que, por volta das 18h20, recebeu outro recado do primo, afirmando que a criança estava morta.
O pai dela — que pediu para não ter o nome divulgado — só descobriu que a filha havia morrido quando foi buscá-la na escolinha e recebeu a notícia, momento em que a criança estava no HRPL. Amariah chegou morta ao hospital.
Com previsão de sair em 10 dias, o laudo do IML deve ajudar a polícia a elucidar a causa da morte. Se comprovada a responsabilidade, Marina pode responder por homicídio com dolo eventual: “Ela se omitiu nos cuidados da bebê e também assumiu o risco da morte”, afirmou o delegado-adjunto da 31ª DP, Veluziano de Castro.
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