Justiça

Defesa do homem acusado de matar estudante pede revogação da prisão preventiva

A jovem Milena Gonçalves foi encontrada morta no apartamento que morava no Riacho Fundo. O principal suspeito do crime foi identificado como Gabriel Henrique De Oliveira Borges

Rafaela Martins
postado em 20/10/2021 15:47 / atualizado em 20/10/2021 15:51
 (crédito: Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

No mesmo dia que Milena foi enterrada, o principal suspeito identificado como Gabriel Henrique Borges constituiu advogado de defesa. Até então, a Defensoria Pública do Distrito Federal atuou no caso. Nesta terça-feira (19/10), o advogado do homem entrou com pedido de revogação da prisão preventiva.

A solicitação tem como objetivo alegar que Gabriel não teve a intenção de matar a estudante de direito, ou seja, que supostamente não houve dolo. Até o momento, ele está respondendo criminalmente por homicídio doloso — quando a pessoa tem consciência que sua ação pode tirar a vida de outra pessoa. O advogado Hygo Diniz relatou ao Correio que entrou, sim, com o pedido, mas que não pode dar maiores detalhes no momento.

Em audiência de custódia realizada na segunda-feira (18/10), a Justiça do Distrito Federal converteu em preventiva a prisão em flagrante do homem suspeito de matar a jovem Milena Cristina Gonçalves, 24 anos, no apartamento onde ela morava, no Riacho Fundo II. O crime ocorreu na madrugada de sábado (16/10).

Outro lado

A advogada que representa a família Gonçalves, Natacha Fernandes Teixeira, acredita que o pedido será indeferido, pois a investigação realizada pela 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo) aponta para um homicídio doloso. Além disso, o laudo de corpo delito feito com o acusado aponta que ele tinha escoriações na "região central do pescoço" compatíveis com ferimentos "provocados por unha". O exame pode indicar que houve uma briga entre o suspeito e a vítima.

“Como defesa da vítima, acredito sinceramente que o pedido de revogação da prisão preventiva formulado pelo advogado do indiciado Gabriel será indeferido pela autoridade judicial. A decisão do juiz Lucas Lima Rocha, proferida em audiência de custódia, é coerente com os elementos do inquérito policial. A investigação aponta para um homicídio doloso, isso porque o indiciado a todo momento assumiu o risco de produzir o resultado morte”, explicou a profissional.

 

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