Seis acusados pela morte de Ana Rita Graziela Silva, 21 anos, assassinada por engano em 21 de outubro de 2016, serão julgados pelo Tribunal do Júri do Núcleo Bandeirante, nesta terça-feira (19/10). Os autores do crime iriam matar a mãe da jovem, Gilvana Rodrigues Teles, mas a confundiram pela semelhança entre as duas.
O mandante do crime foi o ex-companheiro de Gilvana, o empresário Yuri Tavares de Brito. Segundo o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), ele estava insatisfeito com a divisão patrimonial e teria dito ao amigo Jader Rodrigues Batista que pretendia contratar alguém para matar a ex-companheira. Em seguida, Jader teria chamado Cícero Nunes de Lima, para quem apresentou Yuri. Os três, de acordo com o MPDFT, teriam recrutado Jobias Rodrigues Batista e Lucas dos Santos Almeida para cometer o crime, com a promessa de serem recompensados financeiramente.
Segundo a denúncia, Yuri, Cícero, Lucas e Jobias teriam se reunido com Janilene Ferreira Lima, Jermaine da Silva Rocha para combinar os detalhes do crime. O pagamento seria feito após a execução, marcada para acontecer na serralheria da família, no Núcleo Bandeirante. Yuri passou a foto da ex-companheira para os acusados. No dia do crime, entretanto, ao verem uma mulher com a fisionomia parecida com a de Gilvana, Janilene e Jermaine avisaram a Lucas, que entrou na fabrica, anunciou o assalto e efetuou os disparos contra Ana Rita.
Yuri, Jobias, Janilene, Jermaine e Jader serão julgados por homicídio qualificado. Jobias responde também por porte ilegal de armas. Já Lucas, autor dos disparos, será julgado por homicídio qualificado e roubo majorado. Além dos seis réus, o MPDFT denunciou também Cícero pela participação no crime. Ele foi julgado e condenado a 28 anos, oito meses e cinco dias de reclusão, em regime fechado.
Julgamento
A sessão de julgamento está prevista para começar nesta terça-feira (19/10), às 9h30, no plenário do Fórum do Núcleo Bandeirante, e deve se estender por pelo menos três dias. Os seis acusados estão presos provisoriamente. Ao todo, 18 testemunhas serão ouvidas.
Em virtude da pandemia e das medidas de segurança sanitária e de distanciamento social decorrentes da covid-19, o acesso à audiência será restrito às partes do processo, cônjuges e parentes de primeiro grau, desde que maiores de idade.
Com informações do TJDFT.
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