A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Águas Lindas (GO) concluiu o inquérito referente à investigação de dois dos três homens presos por suspeita de envolvimento no caso de estupro coletivo praticado contra uma jovem de 25 anos. A Polícia Civil de Goiás (PCGO) indiciou Irineu Marques Dias, 44, policial militar do Distrito Federal, e Thiago de Castro Muniz, 36.
Agora, os dois poderão ser denunciados à Justiça pelo crime e julgados pelo caso. Dos três presos preventivamente, apenas o irmão de Irineu, Daniel Marques Dias, 37, dono da casa onde teria ocorrido o estupro coletivo, não foi indiciado.
A defesa dos três acusados informou que "respeita plenamente o trabalho desenvolvido pela autoridade policial sem, contudo, concordar" com o indiciamento. "Notadamente pelo fato de que o próprio relatório traz as informações prestadas por todas as pessoas que foram ouvidas e que nenhuma destas confirma, nem sequer em parte, a versão apresentada pela suposta vítima", diz nota emitida pelo Escritório Almeida Advogados e Consultores.
Além disso, os advogados ressaltaram que a polícia "cita" que o laudo pericial não confirmou a versão da vítima e que "repudia veementemente" a conclusão do relatório final, "que não corresponde à realidade das afirmações, principalmente pelo fato de que não foi capaz de produzir uma única prova que comprovasse a veracidade dos fatos". "Desta forma, espera a defesa pelo posicionamento do Ministério Público, bem como do Poder Judiciário em relação a esse caso", conclui a nota.
O laudo ao qual o documento se refere foi emitido pelo Instituto Médico Legal (IML) de Goiás e se trata de uma versão preliminar. A responsável pela delegacia à frente das investigações informou que, apesar de se tratar de um relatório inconclusivo, continuará as apurações.
O crime denunciado pela jovem de 25 anos ocorreu no sábado (9/10), no Setor 1 de Águas Lindas. A vítima estava em uma festa e relatou que foi ameaçada e violentada sexualmente por um grupo de homens. Ela só conseguiu pedir ajuda cerca de cinco horas depois, durante um momento de descuido dos agressores.
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