Violência

Feminicídio: empresária tinha medida protetiva contra o ex-marido

Segundo relatos preliminares de testemunhas à polícia, o homem não aceitava o fim do relacionamento e tentava descobrir quem era o namorado da ex-mulher

Adriana Bernardes
postado em 17/10/2021 14:40 / atualizado em 17/10/2021 18:28
 (crédito: Pacífico/CB/D.A Press)
(crédito: Pacífico/CB/D.A Press)

Vinte e um dias antes de ser assassinada, a empresária Olivia Makoski, 47 anos, registrou um boletim de ocorrência contra Franscisco de Assis Guembitzchi, 55 anos, com quem foi casada por mais de três décadas.

Ela buscou a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher(Deam) II, em Ceilândia e denunciou que era perseguida por Franscisco, que não aceitava o fim do relacionamento dos dois. "O motivo da perseguição seria para descobrir quem era o homem com quem ela começou a namorar", explica o delegado plantonista da DEAM, Bruno Gomes.

Diante do relato da vítima, foi concedida medida protetiva de urgência, determinando o afastamento dele do lar. O empresário também estava proibido de se aproximar dela e de fazer contato.

No entanto, apesar da medida, na madrugada deste domingo (17/10), Olívia foi vítima de um feminicídio. De acordo com as investigações, o marido teria cometido suicídio após o crime. 

O caso ocorreu em Pôr do Sol, Ceilândia. No local a PCDF apreendeu um revólver 38 e duas facas. "Possivelmente (as facas) foram usadas no crime. Mas só teremos a confirmação com o laudo pericial e também do IML (Instituto Médico Legal)", destaca Adriana Romana, delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam II), que investiga o caso.

Assustados

Durante este domingo, os comerciantes próximos do Restaurante Querência do Sul, propriedade do casal, relataram estar perplexos com o crime. Alguns clientes chegavam a parar próximos ao restaurante e comentar o caso. O restaurante não abriu.

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