A tarde desta quarta-feira (13/10) foi de despedida para familiares e amigos do ciclista Gilson da Silva, morto em acidente de trânsito no domingo (10/10). O velório ocorreu às 14h30, no Cemitério de Planaltina. Ele deixa, aos 36 anos, uma filha de 12 anos, seis irmãos, a mãe e vários amigos.
Gilson era botafoguense doente, como contou o irmão ao Correio. Nascido e criado em Brasília, o homem utilizava a bicicleta como meio de transporte para se deslocar até a panificadora em que trabalhava.
“A gente era muito próximo, colado e vai deixar saudade de quando ele chegava gritando e sorrindo. Foi covardia o que fizeram com ele. Perdemos uma pessoa querida há menos de um ano e agora ele dessa forma trágica”, relatou, com lágrimas nos olhos, o irmão Gilmar Silva, 46 anos.
A cerimônia foi marcada por grande movimentação: mais de cinquenta pessoas foram até o local para dizer um último adeus, vestidas com a camiseta do time do Botafogo. Dentre os presentes, estavam amigos, familiares e ciclistas da Associação de Planaltina.
Lembranças
Amigo de Gilson há anos, Dener Silva, 44 anos, andava com uma blusa amarela em mãos e pedia a assinatura de todos presentes no velório. Ele disse que a camiseta é do time que eles jogavam juntos, o Expressinho Futebol Clube, fundado em 2004.
“Para homenagear ele e o irmão dele que morreu há um ano, nós vamos fazer um campeonato de futebol. O time vai procurar alguns patrocinadores para fazer camisas com fotos deles. Ele era um cara muito querido, merece isso”, falou o amigo.
Presidente da Associação dos Ciclistas de Planaltina, Eduardo Guimarães participou do último adeus. Companheiros do grupo Pedal dos Pau de Rato também prestaram homenagem a Gilson. De bicicleta, a comunidade esteve no cemitério em forma de protesto.
“Nesse trecho da avenida Goiás, nós temos um projeto de ciclovia há mais de quatro anos, que não chega nem a 2km. Esse é o quarto acidente em menos de um ano e meio. Para o motorista imprudente, um pardal pode não ser nada, mas para o amante da bicicleta, a ciclovia pode salvar uma vida. Talvez isso teria evitado a tragédia que levou o Gilson”, ressaltou o presidente da ASCICL.
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