A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) decidiu afastar o subtenente Irineu Marques Dias, 44 anos, investigado por participar de um estupro coletivo durante uma festa, em Águas Lindas de Goiás, no último sábado. O militar e mais dois investigados foram detidos em flagrante e responderão por estupro. A polícia trabalha para identificar outros três suspeitos.
O subtenente estava em horário de serviço quando teria violentado a vítima com outros cinco homens. Em nota, a Polícia Militar confirmou que o subtenente está preso em Goiás e que permanecerá afastado do serviço até a conclusão das investigações. “A PMDF informa que está aguardando a conclusão do inquérito para dar prosseguimento às apurações. De qualquer forma, a PMDF não compactua com quaisquer desvios de condutas, menos ainda com ações que configurem crimes. Apuraremos os fatos e tomaremos as medidas pertinentes”, disse a corporação.
O militar é lotado no Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) do DF e, segundo fontes policiais revelaram ao Correio, estava em horário de trabalho quando os abusos foram cometidos. O estupro coletivo aconteceu durante uma festa que ocorria numa casa, no Setor 1 de Águas Lindas. Além do policial militar, Thiago de Castro Muniz, 36, e Daniel Marques Dias, 37, foram presos. Daniel é irmão de Irineu e teria organizado a festa.
O crime
A jovem chegou à festa na noite de sexta-feira. Como consta na decisão judicial que converteu a prisão em flagrante em preventiva, a vítima foi convidada por duas mulheres para um quarto da residência com o propósito de dormirem. Após entrarem no cômodo, a mulher teria saído e logo em seguida o militar entrou.
Armado, o PM tirou a roupa da jovem e a teria estuprado. Ainda segundo a versão contada pela vítima, outros dois homens entraram no quarto em seguida e a violentaram. O mesmo aconteceu pouco tempo depois, quando, segundo a moça, outros dois suspeitos chegaram e também abusaram dela. A mulher chegou a pedir socorro durante os abusos, mas relatou não ter sido atendida por nenhum dos frequentadores da festa.
Na manhã de sábado, a vítima aproveitou o descuido dos agressores, vestiu a roupa de um deles e conseguiu fugir para pedir ajuda. Os policiais militares de Goiás foram acionados e se deslocaram até o endereço onde teriam ocorrido os fatos.
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBM-GO) atendeu a jovem e a encaminhou até o Hospital Municipal Bom Jesus, em Águas Lindas, para atendimento médico. Os policiais conversaram com a vítima na unidade de saúde após ela ter sido atendida e medicada, e a levaram até a 17ª Delegacia de Polícia para reconhecimento. Na unidade policial, ela reconheceu três dos seis suspeitos, incluindo o subtenente da PMDF.
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Preso por jogar óleo quente na mulher
Uma mulher de 40 anos sofreu queimaduras de primeiro grau no pescoço e nos braços após o marido, um homem de 32 anos, jogar óleo quente sobre o corpo dela, durante uma discussão, ontem, na Estância I, em Planaltina. Mesmo ferida, a vítima conseguiu acionar o socorro. Após o crime, o suspeito trancou a mulher em casa e pulou o muro para fugir, mas acabou detido por policiais militares na DF-128 e encaminhado para a 16ª Delegacia de Polícia, de Planaltina.
Quando a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) chegou ao local, a mulher estava na rua, nervosa e chorando. Após ser socorrida pela equipe, a vítima relatou que ela e o marido estavam discutindo quando ele jogou óleo quente nas costas dela. A mulher foi encaminhada ao Hospital Regional de Planaltina (HRP) e, em seguida, compareceu à delegacia para prestar depoimento e passou por exame de corpo de delito.
Segundo ela, a briga começou na noite de segunda-feira, quando o homem saiu com um amigo e levou a bicicleta dela. Por volta das 3h, a vítima foi procurá-los e os encontrou embriagados. Na ocasião, ela teria discutido com os dois, uma vez que o amigo do companheiro teria levado a bicicleta sem autorização. A briga continuou na manhã de ontem, quando o homem jogou óleo quente na mulher.
Brigas constantes
O delegado André Lemos, responsável pelo caso, contou que, em depoimento, a vítima disse que as brigas com o marido eram constantes. Os dois estavam juntos há três anos e moravam na casa da mãe dele. Segundo a mulher, o homem já a havia agredido outras vezes, mas ela não chegou a registrar ocorrência. O delegado disse que, inicialmente, a mulher recusou a medida protetiva por morar na casa da mãe do agressor. “Aí expliquei os procedimentos da medida protetiva e sobre o direito ao abrigo. Por fim, ela aceitou e decidiu requerer a medida protetiva contra ele”, acrescentou Lemos. O homem está preso e deve passar por audiência de custódia hoje. Ele vai ser indiciado por lesão corporal grave e injúria, decorrente de violência doméstica.