A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu, nesta segunda-feira (4/10), investigação de maus-tratos a um cachorro, após 10 meses de ações. A operação foi instaurada pela 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul) a partir de ocorrência em 26 de dezembro de 2020, em via pública. O homem foi indiciado e está à disposição da Justiça para julgamento e eventual condenação.
O caso ocorreu na QR 516 de Samambaia Sul. À época do ocorrido, imagens de vídeos gravaram um homem não identificado segurando com força um cachorro pelo focinho e assoprando fumaça de cigarro no animal, forçando-o a inalar a substância. Além disso, o suspeito também encostou o cigarro aceso contra o focinho do cão.
A gravação mostra um tipo de cigarro semelhante ao da maconha, mas a PCDF diz que isso não pode ser confirmado, uma vez que não foi possível realizar perícia no material. De acordo com a polícia, não dá para afirmar tratar-se de cigarro de maconha apenas pelas imagens.
Contudo, os agentes ressaltaram ao Correio que, independentemente do tipo de fumo usado pelo autor, a prática de maus-tratos foi confirmada em um inquérito com provas robustas do crime, com provável condenação do homem pela Justiça.
Com base nas filmagens, exames periciais — como laudos de comparação facial e perícia criminal — e relatório de investigação, a polícia chegou ao investigado, um homem de 26 anos. Ele foi indiciado por praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.
De acordo com a legislação, quando o animal vítima de maus-tratos é cachorro ou gato, a pena pode chegar a cinco anos de reclusão, multa e proibição da guarda.
Relembre
O jovem, sentado e com um cigarro em mãos, segura o cachorro por uma coleira. Em seguida, ele fuma a droga e, ao expirar, obriga o cão a inalar a fumaça. Durante alguns segundos, o animal tenta se desvencilhar do homem. A cena ocorreu em frente a uma mulher e uma criança. A moça, sentada ao lado dele, assiste à cena passivamente, sem impedir a ação.
Ana Paula Vasconcelos, advogada e vice-presidente da Comissão de Direitos dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Taguatinga, registrou um boletim de ocorrência sobre o caso à época do ocorrido.
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