Desde o início da campanha de vacinação contra a covid-19, o Distrito Federal contabilizou 10.315 doses perdidas por questões técnicas. O valor, segundo a Secretaria de Saúde, corresponde a 0,25% das 4.082.566 vacinas recebidas. A pasta ainda explica que o Ministério da Saúde prevê que pode haver até 10% de perda técnica.
"O DF já recebeu 4.082.566 vacinas contra a covid-19 e os 10% de perda técnica que o Ministério da Saúde considera são em cima desse valor. Das doses recebidas no DF, 10.315 foram notificadas pelas Regiões de Saúde como perdidas, de acordo com as queixas técnicas, o que representa 0,25% de perda por queixa técnica", afirmou a secretaria por meio de nota.
Apesar disso, a pasta ressaltou que ainda não é possível calcular com exatidão as perdas técnicas porque o Ministério da Saúde ainda não habilitou acesso aos relatórios de perdas e nem todas as doses aplicadas encontram-se no sistema interno. "O cálculo é realizado pelo sistema, pela diferença entre o total de doses utilizadas e o total de doses aplicadas."
Tipos de perdas
Existem dois tipos de perdas de doses de vacinas: perda técnica e perda física. Perda técnica é aquela considerada justificável, pois ocorre quando um frasco que dispõe de mais de uma dose é aberto e não se aplica todas as doses antes do prazo de vencimento da vacina após aberta.
Já as perdas físicas são consideradas evitáveis e quanto aos motivos, são classificadas em: quebra de frasco, falta de energia, falha no equipamento, validade vencida, procedimento inadequado, falha no transporte, entre outros. Há ainda perdas por problemas técnicos com o produto, a saber: falta de rótulo, mudança de cor, presença de grumos, falta de pressão no frasco, volume inferior ao descrito na bula.
Agora, quando a quantidade de doses extraída é inferior ao mencionado na bula do imunizante, caracteriza-se como queixa técnica que deve ser notificada para avaliação. O volume inferior ao em bula pode ser ocasionado por problemas no envase, extração inadequada pelo aplicador, ou seringas com grande volume residual.