Fraude

Homem que adulterava quilometragem de carros na Cidade do Automóvel é preso

As investigações começaram em abril, após os agentes da DRFV flagrarem um homem no showroom de uma loja na Cidade do Automóvel reduzindo a quilometragem do painel de um carro

Policiais civis da Divisão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), deflagraram, nesta sexta-feira (24/9), a operação Senhor do Tempo e prenderam um homem acusado de adulterar a quilometragem de veículos de agências revendedora de automóveis da Cidade do Automóvel.

Os investigadores também cumpriram 19 mandados de busca e apreensão em estabelecimentos comerciais no intuito de apreender automóveis com quilometragem violada e documentos. As investigações começaram em abril, após os agentes da DRFV flagrarem um homem no showroom (espaço para exibir produtor) de uma loja na Cidade do Automóvel reduzindo a quilometragem do painel de um carro.

Os policiais fizeram o acompanhamento e monitoramento do suspeito com o objetivo de descobrir se outras agências revendedoras de veículos da Cidade do Automóvel e de outras localidades do DF utilizavam os serviços. No total, 30 veículos com quilometragem adulterada foram identificados pelos policiais. “Esse número representa apenas uma pequena parte do que ocorre na Cidade do Automóvel, já que as investigações mostraram que muitas adulterações ocorrem em espaços reservados dos estabelecimentos, inacessíveis as equipes policiais”, afirmou o coordenador da Corpatri, André Luís da Costa e Leite.

De acordo com as apurações, as adulterações eram rotineiras. “Essas ações criam a falsa percepção quanto ao verdadeiro estado de conservação de um automóvel. Ocasionam prejuízo aos adquirentes dos veículos e colocam em risco a integridade física dos compradores, pois diversos itens de segurança de um automóvel estão diretamente relacionados à quilometragem”, concluiu o delegado.

A denominação da ação (Senhor do Tempo) faz referência a forma pela qual o adulterador de hodômetros era conhecido pelos proprietários das lojas. Os envolvidos, caso condenados, podem responder pela prática de associação criminosa, crimes contra as relações de consumo e estelionato.