Solto sem pagar fiança, 'Hulkinho do tráfico' usará tornozeleira eletrônica

Além de usar tornozeleira eletrônica, Hulkinho não pode deixar o DF por mais de 30 dias sem comunicar a Justiça

A Justiça do Distrito Federal concedeu liberdade provisória sem fiança a Jean Ferreira Leal, 27 anos, o garoto de programa mais conhecido como “Hulkinho do tráfico”, durante audiência de custódia realizada na manhã desta quinta-feira (23/9). Jean é investigado por vender cocaína e ecstasy em programas sexuais com clientes de alto poder aquisitivo do DF. Nesta terça-feira (22/9), policiais civis da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) prenderam o homem na 312 Norte.

Jean terá de fazer uso da tornozeleira eletrônica pelo prazo de 90 dias, devendo estar em casa das 20h às 6h todos os dias da semana, como determinou a Justiça. Hulkinho terá obrigação de comparecer a todos os atos do processo e está proibido de mudar de endereço sem comunicar previamente o juízo competente, além de não poder ausentar-se do DF por mais de 30 dias sem comunicar a Justiça.

As investigações da operação que prendeu Hulkinho duraram cerca de um mês e revelaram que o garoto de programa vendia drogas nos Setores Hoteleiros Norte e Sul e também em festas direcionadas ao público LGBTQIA+. Durante a operação desta terça-feira (21/9), Jean resistiu à prisão e chegou a jogar mesas e cadeiras sobre os investigadores. Ele tentou fugir, mas acabou detido.


Relação com Pâmela Pantera

O Correio revelou que, em julho do ano passado, Hulkinho foi investigado pela Polícia Civil do DF na mesma operação Rede, a mesma que prendeu Flávia Bernardes Tamaio, a modelo e ex-capa da revista Playboy, mais conhecida como Pâmela Pantera. Jean foi indiciado por tráfico de drogas e uso de documento falso.

O modo de agir assemelhava-se ao de Pâmela Pantera: o acusado se aproveitava de programas sexuais com clientes para vender os entorpecentes nos encontros. De acordo com a apuração policial, Hulkinho também comercializava as drogas para outros garotos e garotas de programa por meio de aplicativos de conversas e mensagens, com entrega em um local previamente acordado.

A modelo foi presa em julho do ano passado, em Vitória (ES), após dois anos de investigação que comprovou o envolvimento da mulher na venda de drogas sintéticas e cocaína para clientes de alto poder aquisitivo do DF. Os dois não eram do mesmo grupo, mas se conheciam e agiam do mesmo modo.