Eixo capital

Machismo entra na pauta da CPI da Covid

A senadora Leila Barros (Cidadania) foi à internet expressar a indignação com a forma como o ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, tratou Simone Tebet (MDB-MS) na tumultuadíssima sessão de ontem da CPI da Covid. “É inadmissível o desrespeito por parte do ministro da CGU, que chamou a senadora @SimoneTebetms de 'descontrolada' em plena CPI da Covid. Por que sempre somos nós mulheres as “descontroladas”?, esbravejou Leila.


Inaceitável

No post, a parlamentar incluiu trecho da discussão ríspida que manteve com o senador Marcos Rogério (DEM-RO). Enquanto Leila Barros afirmou que frequentemente os homens fazem “show” na CPI e não são chamados de descontrolados, o governista disse não apoiar nenhum excesso. “Não podemos tolerar mais esse comportamento machista seja no Senado Federal, no Congresso Nacional ou em qualquer outra circunstância!”, complementou Leila em uma rede social.


E Yamaguchi?

Boslonaristas rebateram a indignação da parlamentar. Afirmaram que não viram a mesma reação das mulheres da CPI quando homens abordaram duramente Nise Yamaguchi e Mayra Pinheiro nos depoimentos. Yamaguchi ingressou com uma ação na Justiça do DF contra os senadores Omar Aziz e Otto Alencar por misoginia, humilhação e “massacre moral”. Durante o depoimento de Yamaguchi, Leila Barros chamou a atenção dos senadores, ao dizer que eles não deixavam a depoente concluir seu raciocínio. A senadora Eliziane Gama também reclamou das frequentes interrupções feitas pelos colegas masculinos.


Agressivo inconsciente

Ontem, duas horas depois do barraco na CPI, o ministro Rosário se retratou. Em mensagem, pediu desculpas à senadora Tebet e a todas as mulheres que se sentiram ofendidas com o episódio. “Às vezes, no calor do embate, somos agressivos inconscientemente”, justificou.


Arquibancada

Aliados do governo e membros da oposição escolheram seus lados. Enquanto o ministro Milton Ribeiro e a deputada Bia Kicis (PSL-DF) saíram em defesa de Marcos Rogério, Tabata Amaral (PSB-SP) solidarizou-se com Tebet.

 

Mobilidade nórdica

A Embaixada da Suécia promove hoje, Dia Mundial sem Carro, uma mesa redonda virtual sobre “Mobilidade Inteligente”. Participam do encontro especialistas de países nórdicos (Suécia, Dinamarca, Finlândia e Noruega) e, do lado brasileiro, representantes do Rodas da Paz, Bicicletaria Cultural e Sest/Senat. O debate começa às 10h e será transmitido no youtube.

 

Remédio amargo

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, terá de estender a estadia em Nova York após ser diagnosticado com covid. João Gabbardo, ex-secretário-executivo da pasta, não perdeu tempo. “Alguém pode me informar se é possível adquirir nas farmácias de New York medicamentos como Hidroxicloroquina e Ivermectina?”, perguntou, em uma rede social, o coordenador executivo do Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do Governo de João Doria.

 

Generais na Saúde

A Câmara Legislativa aprovou o nome do general Gislei Morais de Oliveira para o cargo de diretor presidente do Instituto de Gestão Estratégica da Saúde (Iges-DF). Ele vai auxiliar outro general, Manoel Pafiadache, atual secretário de Saúde, na condução do instituto. Com experiência em gestão hospitalar, Morais de Oliveira já atuou no Iges-DF como superintendente e diretor de Planejamento, entre 2019 e 2020. Espera-se que tenha uma trajetória oposta à de outro militar, de triste memória, que comandou a saúde no Brasil.


Impenhorável

A 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou o pedido de uma empresa de marketing para penhorar recursos do Fundo Partidário destinados ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). A compensação seria uma forma de garantir o pagamento de uma dívida de mais de R$ 8 milhões. Como não havia recursos para pagar os serviços prestados ao PTB na eleição de 2004, a empresa pediu acesso a parte dos recursos públicos destinados à legenda pelo Fundo Partidário. O STJ manteve o entendimento da primeira e segunda instâncias de que, por se tratarem de verbas públicas, os valores do Fundo Partidário são impenhoráveis.

 

Pdot participativo

A revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) terá mais uma etapa esta semana. Está marcada para amanhã a primeira reunião do Comitê de Gestão Participativa (CGP), colegiado do qual fazem parte 28 entidades da sociedade civil. O encontro será virtual. A proposta do Pdot é definir as diretrizes urbanísticas do Distrito Federal pelos próximos anos. É essencial para enfrentar questões como déficit habitacional, crescimento urbano desordenado e concentração de emprego e renda.