Dois funcionários terceirizados da empresa Neoenergia foram detidos por cortar cabos de conexão de fibra ótica sem identificação. A ação dos homens, ambos de 33 anos, resultou na interrupção de serviços de internet de 28 órgãos do GDF na região do Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA), incluindo Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
Em nota, a empresa de distribuição de energia esclareceu que a ação dos funcionários se tratava de um procedimento normal e que o serviço do GDF está funcionando após a conexão interrompida. Os funcionários foram conduzidos para a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) e explicaram a situação. Eles foram autuados pelo crime de interrupção de serviços telemáticos. Os homens pagaram uma fiança no valor de R$ 1,5 mil e, após o recolhimento, foram liberados.
De acordo com o delegado da DRCC, Giancarlos Zuliani, o procedimento foi feito de forma irregular. “Não se pode identificar um cabo que reconhece como não sendo legítimo e sair cortando. O correto é que o proprietário do poste notifique a empresa de cada cabo para que pague pela utilização. E não, simplesmente, cortar e provocar a interrupção de vários serviços públicos”, destacou.
Leia a nota da Neoenergia na íntegra:
"A Neoenergia Brasília mantém permanente contato com o Governo do Distrito Federal e confirmou que o serviço de dados se encontra normalizado. A empresa esclarece que a ação realizada, quinta-feira (9/9), tratou-se de procedimento rotineiro da distribuidora, com foco no ordenamento de redes. A Neoenergia Brasília reforçou com o GDF o compromisso de estreitar o alinhamento operacional e continuar prestando um serviço de qualidade para toda a sociedade”