42.930 doses para adolescentes

Começa, hoje, a imunização dos jovens de 16 anos. Serão 31 pontos de vacinação exclusivos para esse grupo etário. Variante delta é maioria dos casos de covid-19 analisados no Lacen, segundo o último boletim do laboratório. Das 116 amostras analizadas, 95 eram dessa cepa

A vacinação dos adolescentes de 16 anos começa hoje no Distrito Federal. Serão disponibilizados 31 pontos exclusivos para a aplicação dos imunizantes dos jovens de até 17 anos. A medida foi implementada para evitar aglomerações nos postos e otimizar o avanço da campanha na capital do país. De acordo com a Secretaria de Saúde, cerca de 42.930 doses da Pfizer foram mobilizadas para atender o novo grupo etário composto por 47 mil pessoas, segundo estimativa da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).

“Praticamente, nós temos doses de Pfizer para todo o público de 16 anos. Calma para ir aos postos. Tem que vacinar, mas não há necessidade de correria”, ressaltou o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, durante coletiva de imprensa ontem, na sede da pasta.

O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, ressaltou que houve uma mudança de comportamento no processo de imunização. “Há mais pessoas vacinando com a segunda dose (D2) atualmente, do que com a primeira dose (D1). Um cenário diferente do vivenciado desde o início da vacinação contra a covid-19 no DF. O que mostra o interesse da população na busca pela segunda dose”, destacou Valero.

Nesta semana, foram aplicadas 93.559 vacinas — 5.834 da primeira dose ou dose única e 87.238 da segunda. O Distrito Federal vacinou 2.091.424 pessoas, o que corresponde a 66,65% da população total. Sendo que 2.034.652 tomaram a D1; 929.831 estão com o ciclo vacinal completo; e 56.772 tomaram a dose única, da Janssen. Ontem, 1.154 receberam a primeira aplicação; 38.679, o reforço; e 27, a dose única.

Casos

Desde o início da pandemia, a Secretaria de Saúde contabilizou 478.117 casos de covid-19 no Distrito Federal. Ontem, a pasta registrou 525 ocorrências da doença na capital. Houve a notificação de 12 mortes por complicações do vírus, o que totaliza 10.178 vítimas.

A média móvel de casos ficou em 777, um aumento de 10,7% em relação a 14 dias atrás. No entanto, a mediana de mortes caiu 10,5% no comparativo há duas semanas, com um índice de 13,43. A taxa de transmissão ficou em 0,93.

Os casos da variante delta — identificada inicialmente na Índia — crescem no Distrito Federal. De acordo com o último levantamento feito pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), das 116 amostras analisadas, 95 apresentaram material genético da cepa. As outras 21 eram da variante gama — registrada primeiro em Manaus. Com as novas ocorrências, Brasília acumula 336 infectados pela delta. Seis pessoas morreram por complicações dessa cepa, sendo que uma delas residia em Goiás.

 

Incêndio atinge hospital regional

Depois de mais de três horas de combate, bombeiros militares e civis do Distrito Federal conseguiram controlar as chamas no subsolo do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), que atingiu a rede elétrica, ontem. A perícia do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) esteve no local para apurar as causas do incêndio. O resultado deve sair nos próximos dias. Ninguém ficou ferido.

O fogo começou no subsolo, e o prédio foi evacuado imediatamente. O Correio conversou com um bombeiro civil que atua no HRSM e participou do combate às chamas. Kleber Carvalho contou que o incêndio se iniciou por volta das 14h30. “Teve algumas fagulhas que começaram a se alastrar na mesa, cadeira e estofados. Tinha muita fumaça. No subsolo, tem muitas alas de escape, e a fumaça começou a exalar bastante nos corredores”, detalhou.

Cerca de 40 pessoas precisaram sair do prédio. A Secretaria de Saúde (SES-DF) decretou bandeira negra ao hospital em decorrência do incêndio, o que significa que a unidade está fechada para receber novos pacientes, ficando suspensas, até segunda ordem, as consultas agendadas. Uma testemunha relatou à reportagem como foi a situação. “Todo mundo teve que sair correndo. A recepção ficou extremamente cheia e por muito tempo. Todo mundo com medo. Minha irmã tinha acabado de ganhar neném, e eu estava desesperada”, disse a mulher, que preferiu não se identificar.

O Correio apurou que alguns pacientes de uma outra ala foram transferidos ao Hospital Regional do Gama (HRG). Em nota, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) informou que o fogo resultou em alguns danos materiais e foi identificado pelos bombeiros civis que atuam no hospital. Uma equipe de engenheiros elétricos, mecânicos e civis do Iges-DF esteve no hospital, onde aguardaram a liberação da área pelo Corpo de Bombeiros para iniciar a manutenção e fazer uma nova vistoria na unidade.

A vice-presidente do Iges-DF, Mariela Souza de Jesus, acompanhou a situação para verificar o incidente. “Viemos para nos certificar e garantir, principalmente, a segurança dos nossos pacientes e dos nossos colaboradores, e para que não houvesse desassistência ao paciente com esse incidente”, ressaltou Mariela. “Todos os procedimentos de segurança foram feitos pela brigada de incêndio, e a situação foi acompanhada de perto, também, pela Coordenação de Segurança, Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho, com a Superintendência do hospital. A situação foi controlada rapidamente e ninguém se machucou”, finalizou a vice-presidente do Iges-DF.