Manifestantes pró-governo começaram a encher a Esplanada na manhã desta terça-feira (7/9). Desde a madrugada, o movimento foi crescendo e a maior parte dos presentes se concentraram próximos ao palácios da Justiça, do Itamaraty em frente ao Congresso Nacional, enquanto mais pessoas chegavam para se juntar ao ato.
Uma liderança do ato puxou coro em um trio elétrico. Orações e palavras de ordem contra o ex-presidente Lula foram ouvidas. Até meados da manhã, o clima foi de tranquilidade, mas pôde-se ouvir discursos que defendiam invasão ao Supremo Tribunal Federal (STF). Discurso contra a Corte podia ser lido também em muitas das faixas, que pediam destituição do tribunal e até mesmo intervenção militar com "Bolsonaro no poder". Havia também pedidos por liberdade de expressão.
Entre os ministérios da Ciência e Tecnologia e da Defesa em diante, o contingente de manifestantes começava a diminuir, mas mais pessoas não param de chegar à Esplanada. Algumas delas estenderam um bandeirão do Brasil, onde manifestantes aproveitaram para tirar fotos.
Diversos estados das cinco regiões do país estão representados em bandeiras e camisas de manifestantes. Entre eles, João de Deus, de Redenção (PA). Ele expressou seus desejos com a manifestação e saiu em defesa de Jair Bolsonaro (sem partido). "Eu quero um país sem corrupção, sem um STF corrupto como esse", diz. Eu acho que o Bolsonaro é um homem de coragem, temente a Deus acima de tudo. Eu acredito que ele seja o cara certo para dar início para o Brasil prosperar."
O apelo religioso, principalmente por parte de evangélicos, foi percebido em discursos, faixas e orações. Ricardo Cordeiro Carneiro, pastor de 46 anos, foi um dos representantes e expressou suas reivindicações. "Eu quero liberdade de expressão. Agora mesmo vou fazer uma live e tenho que ficar pensando no que posso ou não posso falar. Só vejo outros atores políticos ou judiciários mandando prender por conta disso. O Bolsonaro não mandou prender ninguém por se expressar", disse o pastor, que veio do município de Januária (MG).
O governo federal, no entanto, utilizou a Lei de Segurança Nacional diversas vezes e decretou a prisão de cidadãos e influenciadores. A lei foi vetada pelo Congresso e sancionada pelo presidente no último mês de agosto, com alguns vetos no texto que chegou do Congresso).