Na Funarte, onde os indígenas montaram acampamento, o clima é de tensão constante. Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passam com carros, motos, bicicletas e gritam palavras de ofensas. “Vai comer capim”, “enfia essa flecha” “volta para a terra de vocês”. Inconformados, os povos tradicionais se aproximaram da pista empunhando arco e flecha e pedaços de madeiras.
Durante a madrugada o clima não foi diferente. Dois seguranças do acampamento relataram ao Correio que 10 pessoas armadas tentaram invadir o local. Na manhã deste 7 de Setembro, outros grupos de indígenas devem chegar em Brasília para reforçar o manifesto do Grito dos Excluídos - concentrado na Torre de TV.
Como há entre eles a preocupação de serem associados aos movimentos que estão na ruas hoje, eles farão uma assembleia para decidir como vão conduzir a participação deles nos atos de hoje.
Mais de 4 mil mulheres indígenas de 150 etnias desembarcarão na capital federal no próximo dia 7 de setembro para três dias de festividades; povos acompanham decisão sobre Marco Temporal. A intenção do grupo é percorrer o Eixo Monumental e fazer um ato nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (8/9).