O pronto-socorro do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) voltou a atender pacientes que não estão com a covid-19. O hospital, que é referência de atendimento em casos de queimaduras, cirurgias bariátricas e plásticas, foi mobilizado, em 2020, para atender casos de covid-19 e, dos seus 52 leitos, 38 já foram remobilizados para atender outros pacientes. A previsão é de que, até o dia 13 de setembro, todos os leitos estejam disponíveis.
As alas da enfermaria e da unidade de cuidados intermediários (UCI) também passam pelo processo de remobilização. Esse processo leva em conta diversos fatores da pandemia como a taxa de transmissão do vírus, que está em 1.08, e a ocupação dos leitos.
Durante a coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (2/9) o secretário de Saúde, general Pafiadache, informou que o objetivo é centralizar os pacientes com a covid-19 nos hospitais de campanha do DF e liberar os leitos nos hospitais regionais para reduzir a fila de cirurgias eletivas.
O Hran voltou a realizar procedimentos cirúrgicos eletivos como cirurgias plásticas, bariátricas, urológicas e cirurgias gerais (hérnias e vesículas). Cinco salas do centro cirúrgico seguem funcionand. Nelas são realizadas duas cirurgias por período.
Pacientes com covid-19
Atualmente, o Hran conta com quatro pacientes internados no pronto-socorro com covid-19. Os sexto e sétimo andar do hospital, que contam com enfermarias para pacientes com covid-19, serão readaptados nos próximos dias para atender pacientes cirúrgicos da cirurgia plástica, da ginecologia e da obstetrícia.
Taxa de ocupação dos leitos
A taxa de ocupação dos leitos está em 56,59% e, de acordo com a secretária adjunta de Assistência à Saúde, Raquel Beviláqua, esse dado indica que não há riscos com a remobilização dos leitos. Os leitos com suporte ventilatório pulmonar estão com uma taxa de ocupação de 32,67% e da UTI geral, 85,71%. “Esses dados nos dão tranquilidade para continuarmos com o processo de desmobilização”, explicou a secretária.
Variante delta
A Vigilância Epidemiológica considera que a transmissão da variante delta seja comunitária no DF. As amostras sequenciadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) registaram 241 resultados positivos da cepa na capital. No DF, cinco mortes foram confirmadas pela variante delta e outros dois casos seguem em investigação.
A Vigilância Epidemiológica afirma que a vacina é a medida mais efetiva para se proteger do vírus, mas a população ainda precisa seguir todas as medidas de segurança como o distanciamento social, o uso de máscara e a higienização das mãos com álcool em gel.
*Com informações da Secretaria de Saúde