A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou o médico radiologista acusado de sacar uma arma e ameaçar o dono e funcionários de uma pizzaria da 205 Sul por porte ilegal de arma de fogo e ameaça. Thiago Zacariotto Lima Alves, de 41 anos, entregou por livre e espontânea vontade duas armas, as quais eram legalizadas, para os investigadores. Ele deve prestar depoimento na próxima semana.
Em nota oficial, a defesa de Thiago informou que o médico colabora ativamente com as investigações acerca dos fatos ocorridos no último domingo. Os advogados ressaltaram, ainda, que a conduta do profissional “não reflete na vida pessoal e profissional”. “Antes mesmo de qualquer intimação, realizou de forma espontânea o comparecimento à 1ª Delegacia de Polícia, procedendo à entrega das armas de fogo que possui, as quais estão em situação regular, se colocando à disposição da Justiça”, afirmou.
O delegado-chefe da 1ª DP, Marcelo Portela, explicou que a entrega dos armamentos, uma pistola 9mm com três carregadores e um revólver calibre 38, partiu de um acordo entre os investigadores e a advogada do acusado. Apesar de ter o registro de CAC (caçador, atirador e caçador), o médico não poderia carregar o equipamento, exceto o transporte da arma de casa para o stand de tiros, o que não foi o caso. Por isso, a PCDF o indiciou por porte ilegal e ameaça.
No domingo, Thiago teria chegado à pizzaria alterado e nervoso. Segundo o proprietário, que preferiu manter anonimato, o motivo seria a demora na entrega de duas pizzas, solicitadas por um aplicativo. Contudo, o dono ressaltou que, na verdade, Thiago havia esquecido de atualizar o endereço de entrega no app, com isso, o pedido não tinha chegado. O Correio apurou que o médico havia se mudado para um novo endereço três dias antes da data do ocorrido. Thiago foi intimado e tem até 13 de outubro para comparecer à delegacia.
Na Justiça
Em 2016, o Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA) solicitou a condenação de Thiago pelo crime de improbidade administrativa. Em 2013 e 2014, quando ocupava a função de secretário Municipal de Saúde de Santa Inês (MA), na administração de seu pai José de Ribamar Costa, que era prefeito da cidade, eles teriam contratado servidores sem concurso público, fora dos casos previstos em lei. A sentença ainda não foi definida pela Justiça. Na justificativa, o MP alega que os envolvidos ofenderam o princípio de moralidade administrativa e pediu a condenação dos dois.
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