O zoológico de Brasília recebeu dois filhotes de onça-pintada e um lobo-guará que foram resgatados no Mato Grosso. Os animais chegaram nesta semana na capital e foram destinado ao zoológico pelos órgãos ambientais para que participem dos programas de conservação da onça-pintada e do lobo-guará, espécies consideradas ameaçadas de extinção.
Os filhotes de onça foram encontrados debilitados em uma propriedade rural particular de Juara (a 694km de Cuiabá), por um funcionário da fazenda e encaminhados para a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), no campus localizado no município de Sinop. Na universidade, os animais foram acolhidos e atendidos pela equipe de medicina veterinária, que realizou exames e prestou os cuidados iniciais necessários.
Elaine Dione, médica veterinária da UFMT, detalha o procedimento: “Enquanto estiveram aqui conosco, em Sinop, nós realizamos uma bateria de exames. Fizemos a coleta de amostras biológicas, os exames laboratoriais e clínicos, a confirmação do peso e os exames complementares, como os de imagem. Eles têm entre 75 e 90 dias de vida e já era de se esperar que tivessem algum déficit nutricional, isso porque ficaram um tempo sem a assistência da mãe. Imediatamente iniciamos o suporte terapêutico para reverter esse déficit e eles reagiram bem”.
O filhote de lobo-guará foi resgatado na mesma semana, perto do município de Cáceres, no MT, em uma região de queimada. O animal foi encaminhado para o Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres da UFMT, em Cuiabá, que também realizou exames para verificar queimaduras ou alguma possível alteração no pulmão.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em parceria com a UFMT, a Associação de Zoológicos, a Aquários do Brasil (Azab) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), definiu que a destinação ideal dos animais seria para o zoológico de Brasília, para que integrassem o programa de conservação das espécies, que traça metas e objetivos para evitar que sejam extintas da natureza.
Biólogo do Ibama, Bruno Campos destaca que, nesta época do ano, devido à seca, é frequente o resgate de filhotes órfãos, principalmente em áreas que sofrem com as queimadas. “Nós, do Ibama, sempre priorizamos a soltura dos animais na natureza, mas, neste caso, eles foram encontrados bastante debilitados e dependentes de esforços humanos”, pontua.
Adaptação
Os animais, no Zoológico, contam com um recinto de adaptação ambientado de acordo com a espécie. O objetivo é garantir o bem-estar e a saúde dos animais. A equipe de biólogos, veterinários, zootecnistas e tratadores do Zoológico monitora o desenvolvimento físico e comportamental de cada animal com acompanhamento diário.
O diretor de mamíferos do Zoológico e biólogo Filipe Reis conta que “a ideia inicial é que eles se desenvolvam com saúde e estejam aptos a colaborarem com a conservação de sua espécie, seja aqui no Zoo de Brasília ou em outra instituição, sempre seguindo as orientações dos especialistas do programa”, ressalta.
Preservação
O programa Avião Solidário, do Grupo Latam, trouxe os filhotes, gratuitamente, de Cuiabá (MT) para a capital Federal pela Latam Cargo. No Brasil, o programa já decolou para apoiar a conservação de mais de 4.500 animais de diferentes espécies, especialmente as ameaçadas de extinção. Em 2021, foram transportados gratuitamente pelo programa macacos, onças e aves de diferentes estados do país. O zoológico também organizará uma votação para escolher o nome dos três filhotes. A votação ocorrerá em breve no Instagram pelo perfil @zoobrasilia.
*com informações Zoológico Brasília
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