O Centro de Saúde nº 11, localizado entre as quadras 905/906 Norte, ficou sem vacinas contra a covid-19 na manhã desta segunda-feira (27/9). A reportagem do Correio apurou que acabaram doses da vacina AstraZeneca. Informações preliminares constam que as novas doses chegaram em cerca de 15 minutos depois. Em resposta, a Secretaria de Saúde do DF informou que o ocorrido na unidade "foi uma falta pontual" e "já foi resolvida com a reposição do estoque".
As cerca de 15 pessoas que reclamaram da falta de imunizantes conseguiram se vacinar quando chegaram as novas doses no local. O tempo médio de espera é de 30 minutos. No entanto, a empresária Daniela de Lima Pinto, 46 anos, que foi ao posto com a filha, Bianca, 13, relata que esperou quase uma hora na fila de espera para receber a segunda dose na unidade. Ela criticou a demora e falta de opções de postos pelo DF. "Achei ruim porque a segunda dose da AstraZeneca, no Plano Piloto, só tinha aqui. Aí a gente tem que vir lá do fim da Asa Sul para cá", critica.
Ela sugere que a Secretária de Saúde use a tenda do lado de fora para a vacinação do público. "Se colocassem as vacinas aqui fora, a gente ia andando e vacinando. Lá dentro, as pessoas ficam em lugar fechado. Poderiam até ter colocado uma outra tenda e agido dessa forma. Na medida que as pessoas fossem chegando, eles vão vacinando", ressaltou a empresária. Em média, entram de 2 a 10 pessoas por vez para se vacinarem no local.
O servidor público Wagner Ramos, 45, também aguardava a vacina no local. Ele acredita que o governo local poderia ter feito um cronograma específico para informar quais os postos de vacinação da segunda dose contra a covid-19. "Tem muitos estados que estão mais avançados na vacinação e obviamente que a gente poderia estar. O que não está tão claro é onde a gente pode tomar a segunda dose. Deveria ter sido feito um cronograma de tempo de espera para o usuário ser atendido", comenta.
Perguntado sobre o trabalho do GDF de prevenção à pandemia, Wagner alfinetou o critério adotado por Ibaneis Rocha. "Ao longo do tempo, o governador teve momentos que afrouxou e abriu a vacinação. Ele também não manteve uma coerência sanitária no começo, e isso impactou na quantidade de pessoas infectadas e mortas. Obviamente que ele fez isso com base na questão econômica", conclui o morador da Asa Norte.
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