Arcebispo emérito de Brasília, o cardeal Dom José Freire Falcão morreu na noite de ontem, aos 95 anos, em decorrência de complicações da covid-19. Ele estava internado no Hospital Santa Lúcia da Asa Sul desde 17 de setembro, como medida preventiva após testar positivo para a doença. Na madrugada do último dia 24, o religioso teve piora do quadro e precisou ser intubado, mas não resistiu.
Por meio de nota, a Arquidiocese de Brasília lamentou a morte do religioso: “Sua ausência é sentida profundamente (...) pela marca indelével que Sua Eminência deixou nas numerosas obras pastorais que ensejou durante os vinte anos que governou esta igreja particular”. Até o fechamento desta edição, não havia informações sobre o velório e o enterro de Dom José Freire.
Nascido em 23 de outubro de 1925 na cidade de Ereré (CE), Dom Falcão sonhou ser sacerdote desde a juventude. Incentivado pela família, ingressou aos 14 anos no Seminário da Prainha, em Fortaleza, e, em 1949, foi ordenado padre. O cardeal foi o segundo arcebispo de Brasília e assumiu a arquidiocese entre 1984 e 2004 — ano em que se aposentou. Nesse período, Dom Falcão ampliou o número de padres e de paróquias do Distrito Federal, preparou a recepção ao Papa em 1991, criou a Casa do Clero e estimulou os movimentos eclesiásticos.
Mais 655 casos
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) confirmou, ontem, mais 655 casos da covid-19 e 13 mortes provocadas pela doença. Com a atualização, o total de vítimas subiu para 10.395, e o de infecções, para 471.526. As médias móveis referentes aos dois indicadores subiram, na comparação com o verificado duas semanas antes: a de óbitos subiu 32,1%, e a de casos teve alta de 21%. Na direção contrária dos resultados, a taxa de transmissão do novo coronavírus encontra-se abaixo de 1, como recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que indica desaceleração da pandemia.
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Catarina recebe alta hospitalar
Após ter uma infecção generalizada e passar mais de um mês internada em um hospital particular da Asa Sul, Catarina Gurgel, 15, recebeu alta. A adolescente ficou entre a vida e a morte devido ao quadro e passou 24 dias na unidade de terapia intensiva (UTI). A sepse levou à amputação de um braço e uma perna da jovem. No sábado, o Correio publicou que a família dela fez uma campanha para arrecadar o valor necessário para a compra das próteses. No dia seguinte, depois de conseguir os R$ 130 mil estabelecidos como meta, mais uma notícia boa: Catarina pôde, finalmente, voltar para casa.