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Menina de 15 anos precisa de ajuda para comprar próteses após amputações

Catarina Gurgel, 15 anos, precisou amputar o braço esquerda e a perna direita após ser acometida por uma infecção generalizada

Samara Schwingel
postado em 25/09/2021 11:21 / atualizado em 25/09/2021 11:30
 (crédito: Arquivo Pessoal )
(crédito: Arquivo Pessoal )

Catarina Gurgel, uma menina de apenas 15 anos, viu a vida mudar em menos de um mês. Após ter uma infecção generalizada aguda — condição conhecida como sepse — em agosto deste ano, a estudante teve dois membros amputados: a perna direita e o braço esquerdo. Agora, ela pede ajuda para conseguir arcar com próteses. Para isso, ela abriu uma vaquinha virtual e conta com doações a fim de retomar a rotina de antes. Os valores passam de R$100 mil. 

A história de Catarina começa em 22 de agosto. Após sentir dores na região abdominal, ela foi com a mãe, Wilca Gurgel, 49, ao hospital. Lá, a menina foi diagnosticada com infecção urinária, pegou a receita de um antibiótico e voltou para casa. Porém, instantes depois precisou retornar ao hospital. "Ela chegou em casa e começou a desmaiar várias vezes, não chegou nem a tomar o remédio. A mãe voltou com ela para o hospital correndo", conta a tia de Catarina, Valquíria Gurgel, 48. 

No hospital, a estudante foi internada em uma unidade de terapia intensiva (UTI) imediatamente e foi entubada. "Ela chegou a ter uma parada cardíaca de cerca de 20 minutos. Os médicos nos avisaram que ela não ia sobreviver, chegaram a chamar a família para se despedir", diz Valquíria. Porém, Catarina resistiu e passou 24 dias na UTI. "Chamam ela de milagre do leito 13, porque a recuperação foi algo inexplicável", comenta a tia. 

Amputações 

Porém, enquanto Catarina se recuperava, os médicos alertaram a família que dois membros ficaram necrosados, devido complicações e altas doses de medicações. Por isso, foi necessário amputá-los. A perna foi amputada em 1º de setembro, o braço, no dia 21 do mesmo mês. 

Catarina estava ciente das amputações. Partiu dela a ideia da vaquinha para arcar com próteses. "Ela tem vontade de viver, de sair da cama. Ela que nos dá forças, porque a família está devastada. Catarina tem noção de que a vida dela é um milagre e não quer parar por aí", afirma a tia. 

Após a ideia da estudante, Valquíria procurou a melhor forma de iniciar a vaquinha e encontrou uma plataforma online. Até o momento, a família arrecadou R$79,3 mil. A meta é chegar a R$130 mil. 

""Olá, me chamo Catarina e tenho só 15 anos. No dia 22.08, dei entrada em um hospital com falso diagnóstico de infecção urinária e logo o quadro evoluiu para Sepse (infecção generalizada aguda). Fiquei 24 dias na UTI entre a vida e a morte. Deus me presenteou novamente com o milagre da vida, mas infelizmente, devido às complicações, tive que amputar 2 membros do meu corpo (perna direita e braço esquerdo). Então, como minha família não tem maiores condições financeiras, peço a ajuda de vocês para adquirir as minhas próteses como também ajudar nas despesas médicas. Diante de tudo que passei, agora o que mais desejo é voltar a minha vida normal dentro das limitações que me cabem. Quero continuar realizando os meus sonhos e celebrando a vida, uma dádiva de Deus. Agradeço a todos vocês pela generosidade de me ajudar. Gratidão por estarem ao meu lado nesse momento tão difícil e desafiador de minha tão jovem vida", diz a menina na apresentação do vaquinha."

Para ajudar Catarina basta clicar aqui. A adolescente segue no hospital em recuperação. "O corpo dela ainda não está totalmente recuperado de todo o trauma. Toda ajuda é bem-vinda", completa a tia. A mãe de Catarina, Wilca, segue na unidade de saúde com a filha. 

Programa do GDF 

A Secretaria de Saúde adquiriu 1.469 próteses ambulatoriais para membros superiores e inferiores, para pessoas que amputaram alguma parte do corpo, entre 2019 a 2021. O investimento foi de 3,5 milhões de reais. Um total de 526 próteses já foi entregue e, neste ano, há previsão de chamar mais 200 pessoas para receberem a peça.

Nos últimos 30 meses, o governo local também oferta próteses cirúrgicas. Foram inseridas 642 peças durante operações nos ombros, quadril e joelhos. O custo é de 2,2 milhões de reais. Segundo a Secretaria de Saúde, elas são colocadas para tratar problemas como fraturas, patologias e doenças degenerativas.

Acessórios mais caros de titânio e que oferecem maior mobilidade ao usuário não eram adquiridos pelo GDF desde 2013. Mas em janeiro deste ano, foram disponibilizadas 89 próteses dessas de alta tecnologia de membro inferior.

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