Gastronomia

Uma aposta saudável

A grife Boali abre a primeira loja em Brasília. Proposta é oferecer aos clientes alimentação de qualidade aliada à praticidade de um fast-food. Franquia tem 42 unidades espalhadas por 14 estados do Brasil

Liana Sabo
postado em 23/09/2021 23:47
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Brasília acaba de ganhar a primeira loja Boali, uma grife que se insere na categoria de comida rápida, como fast-food, só que de alimentos saudáveis. O conceito não é novo, mas o nome é. Boali é a contração das palavras “boa” e “alimentação”. Deriva da Salad Creations, primeira e maior rede de franquias de fast-food de saladas, criada em 2004 na Flórida (EUA), que tinha como objetivo oferecer qualidade e rapidez na refeição com estilo de vida saudável.

Três anos mais tarde, a marca chegou ao Brasil, trazida pelos três jovens empresários Rodrigo Barros, Victor Giansante e Fernando Bueno, que abriram a primeira loja no Shopping Higienópolis, em São Paulo. O sucesso veio logo, e a grife se expandiu, inclusive para o Park Shopping, em Brasília, mas os sócios da franquia queriam mais autonomia e acabaram desfazendo o contrato com os americanos.

A partir da estrutura da Salad Creations, surgiu a Boali, que deixou de se limitar à oferta de saladas e agregou itens que não havia nos Estados Unidos, como suco natural de diversas frutas, como pitaya com limão e hortelã, que fica absolutamente refrescante, e wraps, novo motor da marca. Lançada na feira de franchising em 2019, a Boali conta com 42 unidades em 14 estados do país. Embora jovem, já tem identidade com o esporte ao se tornar a fornecedora oficial do Time Brasil até 2024.

Na aula de Alice

Quem trouxe a marca para Brasília foi o casal Marcos Baby, 49 anos, e Gilmara Dezan, 48. Ele, brasiliense; e ela, paulista de Votuporanga, cresceram e estudaram na capital do país até se conhecerem nos anos 1980 no Colégio Objetivo. “Após longa dat,a nos reencontramos, casamos em 2001 e temos dois filhos gêmeos, Daniel e Felipe, de 17 anos”, conta Marcos, que sempre gostou de cozinhar. “No começo, a gente discutia, mas, depois, vimos que nos completamos nessa atividade. Gilmara com habilidades de planejamento, organização e estimativa de quantidades em relação a ingredientes e pratos a serem executados, e eu buscando o capricho na elaboração dos sabores e novas experiências de harmonização”, revela Baby.

Os dois são amantes da boa mesa e apreciadores de vinhos, especialmente os italianos. O casal só não é autodidata na gastronomia porque fez alguns cursos esporádicos, entre eles, o da chef Alice Mesquita, que ensinou suas famosas receitas para uma geração de gourmets da cidade.

No momento em que aumenta muito a procura pelos clientes, que ganharam peso durante a pandemia e querem voltar à boa forma, de se alimentarem corretamente, o mercado de comida saudável é um achado. Tanto que o casal brasiliense não hesitou em abandonar a profissão original para se dedicar à franquia Boali. Marcos é egresso da área do direito e publicidade, e Gilmara, também advogada, trabalhou com gestão de projetos.

Quente e frio

Em fevereiro deste ano, o casal conheceu a grife e se lançou “no que poderia fazer sentido com o que estamos buscando para as nossas vidas”, ressalta Baby, completamente identificado com a proposta da marca 100% brasileira. O cardápio está dividido entre oito saladas completas; oito bowls, que são refeições quentes e pratos frescos; dois burritos de carne e de frango feitos com tortilha integral multigrãos; nove wraps; oito sucos naturais e 11 funcionais e ultrafuncionais, além de três sobremesas.

O item que está na origem da marca são as saladas — todas com mix de folhas. São variadíssimas e têm nomes sugestivos, como Sem desculpa, de atum em pedaços, fusilli integral e ricota temperada (R$ 38); Ave Caesar de filé de frango fatiado, parmesão e croutons integrais com molho caesar (R$ 27); e Hoje eu começo, a mais vendida, com frango desfiado, ricota temperada, cebola-roxa, cenoura, ovos de codorna e maçã crocante (R$ 28).

Além do prato pronto, você tem a opção de criar a própria salada com uma folha de sua escolha, cinco ingredientes frescos, dois secos e o molho, que vai do árabe ao italiano; passando pelo picante chipotle; mostarda e mel; oriental e maionese vegana. Saem por R$ 29. É possível adicionar uma proteína por R$ 2.

Entre os pratos quentes, há o risoto de limão siciliano com frango desfiado (R$ 32) e ao funghi com carne desfiada (R$ 34), além do vegano com arroz, grão-de-bico, brócolis, palmito, cenoura, granola e maionese (R$ 29). A sensação da marca, porém, são os wraps, com destaque para o frango picante com ovos de codorna, tomate, parmesão, croutons e molho chipotle (R$ 28). Ainda tem de carne com gorgonzola; salmão defumado; atum; frango ao pesto; e delicioso camarão com palmito, cebola-roxa, tomate e molho mil ilhas (R$ 36). Como novidade do cardápio, acaba de ser lançado o kebab Boali vegano de quibe vegetal, folhas de espinafre, maionese, pimenta biquinho, palmito e cebola crocante (R$ 32).

“Não é por ter a pegada natural que a marca deixará de oferecer cookie e brownie, que se pode comer sem culpa e sem medo”, comenta Gilmara Dezan. De fato, os dois quitutes são feitos sem glúten e sem lactose, com chocolate 70% e açúcar demerara mais ovo orgânico, no caso do cookie, e biomassa de banana-verde, no brownie. Ambos saem por R$ 9, cada. Boali funciona de segunda-feira a sábado, das 10h às 20h; e domingo, das 11h às 16h, no Bloco A (ao lado do Manuelzinho Restaurante), da 404 Sul. Telefones: 3256-9412 e 9 8105-0187 (WhatsApp). Tem delivery!

 

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  • 2021. Credito:Restaurante Boali/Divulgacao. Gastronomia. Pratos de comida Natural do restaurante Boali
    2021. Credito:Restaurante Boali/Divulgacao. Gastronomia. Pratos de comida Natural do restaurante Boali Foto: Restaurante Boali/Divulgação
  • 2021. Credito:Restaurante Boali/Divulgacao. Gastronomia. Pratos de comida Natural do restaurante Boali
    2021. Credito:Restaurante Boali/Divulgacao. Gastronomia. Pratos de comida Natural do restaurante Boali Foto: Restaurante Boali/Divulgação
  • Sabor e saúde: saladas, wraps, risotos e burritos compõem o cardápio da casa para deliciar os comensais
    Sabor e saúde: saladas, wraps, risotos e burritos compõem o cardápio da casa para deliciar os comensais Foto: Restaurante Boali/Divulgação
  • Sobremesas para comer sem culpa. Nada de glúten e lactose
    Sobremesas para comer sem culpa. Nada de glúten e lactose Foto: Restaurante Boali/Divulgação

Chapada queima; e o DF ferve

 (crédito: CBMDF/Divulgação)
crédito: CBMDF/Divulgação

 

 

Um dos focos de incêndios que atingem a Chapada dos Veadeiros foi apagado, ontem, pela força-tarefa de combate ao fogo na região, que conta com cerca de 200 brigadistas. Segundo o capitão Dias, do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO), as chamas contidas estavam em um local conhecido como Cascata, em Teresina de Goiás (GO). Labaredas também atingem uma área da Ponte de Pedra, no município de Cavalcante. “O combate foi bem efetivo mais ao norte (da Chapada). A outra linha está em uma região de muita serra e muito morro. Amanhã cedo (hoje), vamos fazer a avaliação com drone para verificar a melhor forma de acessar esse fogo via terrestre”, adianta o militar.

Ao Correio, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que 10 brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) testaram positivo para a covid-19. Eles estão em casa para se recuperarem.

O Corpo de Bombeiros de Goiás calcula que 23 mil hectares de vegetação foram devastados, até ontem, sendo que 5 mil ha estão dentro do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. No início da noite, o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) informou que as queimadas entraram na área central da reserva ambiental.

Segundo major João Henrique, do CBMDF, que está na região, o fogo veio de Cavalcante (GO). “Estamos combatendo o incêndio florestal com nossas equipes em uma área mais central do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, próximo ao Paralelo 14”, afirmou a corporação, em nota.

Na tarde de ontem, o CBMDF enviou 20 militares especializados no combate a incêndio florestal para auxiliar o Corpo de Bombeiros de Goiás. A equipe deve permanecer no local até a extinção das chamas.

Cadê a chuva?

Uma imagem de satélite divulgada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no fim da tarde de ontem, mostrou nuvens se aproximando da capital do país, com possibilidade de precipitações. “Ainda há esperança!”, escreveu o Inmet em postagem no Twitter.

O Distrito Federal está há 24 dias sem chuva. Até o fechamento desta edição, não houve registro de precipitações em setembro, mês que, historicamente, registra média de 46,8 mm. A última vez que choveu no DF foi em 30 de agosto, quando o período de estiagem atingiu 76 dias.

Nessa quinta-feira, a temperatura máxima chegou a 34,3ºC, no Gama. A menor foi de 18ºC, em Águas Emendadas. “Hoje (ontem), amanheceu quente e, a partir do final da manhã e início da tarde, começou a diminuir. Para amanhã (hoje), teremos muitas nuvens com chuvas isoladas na parte da manhã; e, à tarde e à noite, com pancadas e trovoadas isoladas. Para o sábado, também terá essa tendência”, explica a meteorologista do Inmet, Andrea Ramos.

 

 

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