A comunidade escolar do Centro Educacional 11 de Ceilândia (CED 11) está estarrecida com o assassinato do estudante Geoffrey Stony Oliveira do Nascimento, 16 anos. O adolescente foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) no final da manhã desta quarta-feira (22/9), quando saía da escola para esperar o pai em uma rua, a cerca de 1km de distância da instituição.
O pai de Geoffrey é servidor da Secretaria de Educação e também trabalha no CED 11 no turno vespertino e noturno, na área administrativa. Ao Correio, o diretor da instituição, Francisco Gadelha, contou que recebeu um áudio do funcionário por volta das 10h50 em desespero. "Ele chorava muito e disse que não poderia ir trabalhar porque o filho tinha sido assassinado. Eu estava de licença paternidade, mas não pensei duas vezes e vim correndo para prestar apoio nesse momento de tanta dor", disse.
Geoffrey saiu da escola por volta das 10h40 e caminhou por cerca de 1km até uma rua onde os pais têm uma casa, na QNP 5. Era costume todos os dias, depois da aula, o estudante aguardar o pai buscá-lo na calçada para levá-lo para a casa, na Guariroba. No momento em que aguardava o genitor, dois suspeitos armados em uma bicicleta abordaram o menor e exigiram o celular. Segundo as investigações conduzidas pela 19ª Delegacia de Polícia (P Norte), há indícios que a vítima teria reagido ao assalto. A dupla atirou contra o peito do estudante e fugiu em seguida. O pai de Geoffrey chegou menos de dois minutos depois do crime e, desesperado, levou o filho até o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde veio a óbito.
Participativo
Aos 16 anos, Geoffrey era apaixonado por matemática e sonhava ingressar na Universidade de Brasília (UnB). "Sempre foi muito participativo nas aulas. Tinha gosto e interesse em aprender e era uma pessoa tranquila, do bem, que não media esforços para dar o melhor de si", destacou o diretor.
Nesta quinta-feira (23/9), a escola fechará as portas em luto pela morte do adolescente. "Não teremos aulas. Estamos sofrendo com toda essa situação. Perdemos um aluno brilhante, de garra e foco", finalizou o gestor.
Até a última atualização dessa reportagem, ninguém havia sido preso. "Estamos em diligências para capturá-los o mais rápido possível", frisou o delegado-adjunto da 19ª DP, Thiago Peralva.
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