Dicas

O que fazer quando a fumaça de incêndios florestais invade residências

Segundo o tenente Marcelo Santos, do Corpo de Bombeiros do DF, o ideal é tentar manter o ambiente arejado com pontos de saída para fumaça. Caso não seja possível, o indicado é deixar o local

Correio Braziliense
postado em 21/09/2021 20:41 / atualizado em 21/09/2021 20:45
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Pessoas que residem próximas a focos de incêndios florestais sabem que a fumaça das queimadas costumam invadir as casa e apartamentos. Neste momento, surgem dúvidas como: o que fazer para dissipar a fumaça e o quão prejudicial ela pode ser para a saúde. O Correio procurou o tenente Marcelo Santos, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, para sanar essas dúvidas. 

Segundo o militar, o ideal é tentar manter o ambiente arejado. "É importante que a fumaça que entrou tenha outro ponto para sair", diz. Ele explica que, geralmente, as fumaças de incêndios florestais não causam muitos danos imediatos à saúde, uma vez que não costumam ter componentes químicos. "A fumaça passa a ser prejudicial quando inalada em grande quantidade, por muito tempo ou com uma densidade muito pesada", complementa. 

Caso a pessoa não consiga arejar a residência e comece a sentir sintomas de sufocamento, o tenente recomenda que ela deixe o local. "Assim, os sintomas costumam passar. Mas, caso persistam, o indicado é procurar um médico para avaliar os danos", diz. Porém, ele ressalta que não é comum isso acontecer com fumaças de incêndios florestais. 

Sintomas 

Segundo o tenente, os sintomas mais comuns de intoxicação por inalação de fumaça são: 

- tosse

- dor de cabeça 

- náuseas 

- sonolência 

- dificuldade para respirar

Ele alerta para medidas a fim de sair do local inalando o mínimo de fumaça possível. "Caso não tenha uma máscara específica para isso, vale colocar um pano no rosto. Porém, atenção: panos secos. Os panos úmidos ou molhados podem causar queimaduras na pele e nas vias aéreas, principalmente se a pessoas estiver muto perto do fogo", esclarece. 

Incêndios 

Na tarde desta terça-feira (21/9), uma área do Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG) do Exército Brasileiro, próxima ao Parque Nacional de Brasília (PNB), foi consumida por um incêndio. Até o momento, o DF conta com 40 registros de incêndios, conforme comunica o Corpo de Bombeiros. "Pelo menos metade deles ainda está em atuação. Os maiores focos são em Sobradinho e Gama, sem registro de pessoas ou animais feridos”, diz o CBMDF.

Somente neste ano, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) registrou 3.749 ocorrências de incêndios florestais, que destruíram 14,6 mil hectares de vegetação — área equivalente a 20,5 mil campos de futebol.

Nos primeiros oito meses deste ano, o total ficou abaixo do verificado no mesmo período do ano passado: 9,45 mil hectares, contra 9,78 mil, em 2020, segundo o CBMDF. Ainda assim, para quem lida com o problema diariamente, a sensação de incômodo persiste. No início do mês, um incêndio florestal destruiu quase 10% da Floresta Nacional de Brasília (Flona). As chamas atingiram 806 hectares de uma área total de 9 mil, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A queimada durou dois dias.

 

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