A rotina no Memorial JK foi quebrada na manhã deste domingo (12/9) para a celebração dos 119 anos de nascimento de um dos presidentes mais respeitados do Brasil: o mineiro Juscelino Kubitschek. A solenidade contou com as presenças do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (Democratas), e da família do fundador de Brasília, dentre eles, a neta e presidente do Memorial JK, Anna Christina Kubitschek, e marido dela, o empresário Paulo Octávio.
Durante o ato, Pacheco, Ibaneis e Anna Christina depositaram buquês de flores na câmara mortuária, em homenagem ao ex-presidente. Ao discursar, Pacheco destacou a atuação de JK, sempre pautada pelo respeito à democracia. “Celebramos a vida e obra de quem, ouço dizer, exerceu o mais importante mandato presidencial deste País. Juscelino Kubitschek celebrou nossa diversidade e construiu o que hoje compreende a nossa nação. Sempre com profundo respeito à Constituição Federal e à democracia. A criação desta cidade que nos recebe é a primeira metáfora desse sentimento”, ressaltou o presidente do Senado.
União e diálogo
A habilidade de JK em dialogar com diferentes setores e vertentes políticas foi destacada por Ibaneis Rocha, para quem o JK é um exemplo a ser seguido por toda a população e, principalmente, pelas autoridades políticas. “Foi um dos maiores democratas que esse país já teve. Advindo de MG, com uma história maravilhosa e com todas as dificuldades do interior de Diamantina, ele chegou à capital da República mostrando tudo o que precisamos ver nesse momento, que é o diálogo", pontuou.
Para o chefe do Executivo local, os políticos precisam entender que "as pessoas que sofrem nas ruas precisam da nossa compreensão e precisam do nosso diálogo para recolocar o nosso país nos trilhos do desenvolvimento, da empregabilidade, do socorro àqueles mais carentes”.
Ibaneis afirmou ainda que o evento ocorrido hoje, e o exemplo de JK, devem ecoar para além do Memorial JK. “Nós estamos aqui hoje fazendo esse evento que transborda o Memorial JK e, com muita esperança e fé, ele vai chegar ao Senado Federal, ao Congresso Nacional como um todo, e, quiçá, à Presidência da República, que nesta semana, pelas mãos do presidente Temer, começou um novo diálogo e esperamos um novo tempo para o nosso país. Relembrar tudo aquilo que JK significou para o Brasil, é celebrar essa cidade, que foi construída pela força de vontade do nosso presidente e que hoje tentamos tocar com muito carinho”, completa.
André Octavio Kubitschek, bisneto do ex-presidente, também homenageou o avô, em nome da família, durante a solenidade. “Com ele, celebramos um dos mais férteis momentos da história política do Brasil”, disse. “Foi um homem de diálogo. Soube conversar com todas as instâncias da República, honrando as técnicas democráticas, e respeitando as penas da constituição. Por onde passou abriu portas e trouxe aliados. Essa é a Brasília de JK, governador Ibaneis. Esse é o Brasil de JK, senador Pacheco. Este é Juscelino, o líder estadista que capitaneou o sonho de um Brasil grandioso", pontua o bisneto.
Novas obras literárias
A cerimônia deste domingo também marcou os 40 anos da fundação do Memorial JK. Para a data, o Governo do DF lançou duas obras literárias. A primeira é voltada ao público infantil, e tem como título “De Nonô a JK”. A outra, é o terceiro volume da coletânea “Memórias do Brasil — Discursos de Juscelino Kubitschek”. O livro infantil é fruto de parceria entre o Memorial JK e a Secretaria de Cultura do Distrito Federal, comandada pelo secretário Bartolomeu Rodrigues.
A obra é composta ainda por um livro de colorir e uma linda pasta, e faz alusão ao apelido de infância de JK, e será disponibilizada na rede pública de ensino do DF e em bibliotecas da capital. Já o terceiro volume de “Memórias do Brasil — Discursos de Juscelino Kubitschek” é a compilação de todos os pronunciamentos feitos por ele em 1958. A publicação é do Conselho Editorial do Senado Federal (Cedit), presidido pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O secretário de Cultura Bartolomeu Rodrigues entende que a obra é de fundamental importância para preservar e difundir as memórias da história de Brasília entre o público infanto-juvenil. “Não se pode falar de Brasília sem falar de Juscelino. A obra é voltada a esse público porque a gente precisa envolver cada vez mais as crianças em todos os projetos, não só fazendo referências de pessoas, mas também arquitetônicas, patrimoniais. É na juventude que a gente deposita toda a nossa esperança”, diz.
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