O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), por meio da 2ª Turma Criminal, manteve, nessa quinta-feira (9/9), por unanimidade, a prisão preventiva de Paulo Ricardo Moraes Milhomem, 37 anos, acusado de atropelar a servidora pública Tatiana Thelecildes Fernandes Machado Matsunaga, 40, após discussão de trânsito, em 25 de agosto, na QI 15, do Lago Sul, em frente à casa da mulher.
A decisão veio após a Corte acatar a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pela prática do crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil. Durante a briga, o homem foi preso em flagrante pela Polícia Civil do DF após se apresentar à 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul). Em audiência de custódia, a prisão do então autuado foi convertida em preventiva.
A defesa do réu entrou com quatro pedidos de habeas corpus, para tentar reverter a prisão. Um deles aguarda análise. A defesa sustentou diferentes motivos, entre eles, que a manutenção de Paulo Ricardo na cadeia seria desnecessária, pois não havia elementos capazes de demonstrar que o réu cometeria o mesmo crime novamente.
Os advogados alegaram, também, que Paulo Ricardo tinha bons antecedentes, exercia atividade lícita como advogado, tinha residência fixa e procurou a polícia de forma voluntária após atropelar Tatiane.
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Na mesma decisão em que aceitou a denúncia, nessa quinta-feira (9/9), o juiz substituto do Tribunal de Júri de Brasília que analisou a acusação determinou que Paulo Ricardo responda ao processo preso. Ele se tornou réu por tentativa de homicídio duplamente qualificado: por motivo fútil e por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. O julgamento do caso ficará a cargo dos jurados da Corte.
Na tarde de quinta-feira (9/9), Tatiana Matsunaga abriu os olhos pela primeira vez desde que ficou internada após o atropelamento. Apesar da boa notícia, o pai dela, Luiz Sérgio Machado, 65, diz que a situação ainda é crítica. A paciente segue internada na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Brasília.
Ao Correio, o advogado de defesa de Paulo Ricardo, Leonardo de Carvalho e Silva, afirmou que vai apresentar uma resposta à acusação. "Nosso prazo é de 10 dias. Agora esperamos (resposta sobre) o HC (habeas corpus) relacionado à filha (de Paulo Ricardo), que é menor de idade", afirma.
Com informações do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT)
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