“Graças a Deus que fui eu. E se fossem as crianças?”. Essas são as palavras de Alexandre Bernardi de Figueiredo, 62 anos, professor atingido, ontem, por um disparo de arma de fogo. O docente readaptado, que atua no apoio à secretaria da escola, consertava o controle do portão automático da Escola Classe 10 de Ceilândia Norte, na área externa da unidade, quando sentiu um estalo na perna.
“Senti uma forte dor quando fiz o movimento para levantá-la. Achei que tinha estourado minha mão, mas, quando vi, tinha o projétil da arma de fogo”, detalhou. A Polícia Civil do DF trabalha com a hipótese de que o professor tenha sido vítima de bala perdida. As investigações são conduzidas pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro). Até o fechamento desta edição, ninguém havia sido preso.
O caso aconteceu por volta de 13h30, enquanto as crianças da educação infantil, de 4 a 10 anos, entravam na escola pelo portão frontal. “Poderia ter atingido qualquer um desses pequenos. Estava cheio de gente na hora. E se fosse uma criança? E se esse tiro tivesse sido dado mais perto de mim? Não sei se eu estaria aqui, vivo”, disse o professor, que trabalha há 12 anos na Escola Classe.
Susto
Ao ouvir o barulho, funcionários e a diretora da instituição, Michele Ribeiro, saíram às pressas para ver o que estava acontecendo. “Achei que tinha sido um poste, mas quando vimos, o professor pedia socorro e sangrava bastante”, afirmou a gestora.
Alexandre foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde fez Raio-X e passou por procedimento. “Tinham inúmeras crianças, todas do ensino infantil, que poderiam ter sido vítimas. Felizmente, o nosso professor está bem”, comentou a diretora da unidade.
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