O advogado que atropelou uma mulher no Lago Sul após uma briga de trânsito, Paulo Ricardo Moraes Milhomem, teve o terceiro pedido para deixar a prisão indeferido pela justiça. A vítima e servidora pública Tatiana Machado Matsunaga, 40 anos, está internada no Hospital Brasília desde 25 de agosto, dia do crime.
Na noite de terça-feira (7/9), o desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Sebastião Coelho não aprovou a liminar solicitada pela defesa de Milhomem para que ele fosse colocado em liberdade provisória. Essa é a terceira vez que advogados do suspeito tentam retirá-lo da prisão.
O desembargador Coelho entendeu que o homem representa um risco à sociedade. “Há efetiva demonstração que a liberdade do paciente expõe em risco a garantia da ordem pública. No que concerne ao pedido de prisão domiciliar, como bem pontuou a decisão impugnada, o paciente não comprovou ser imprescindível aos cuidados especiais da criança, pois alegou em audiência de custódia que esta se encontra sob os cuidados de sua esposa”, declarou o desembargador.
Até a publicação desta reportagem, o Correio não conseguiu entrar em contato com os advogados de Paulo Ricardo.
OAB suspensa
Integrantes do Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) decidiram suspender por 90 dias o registro de Paulo Ricardo no dia 31 de agosto. Além disso, na noite de sexta-feira (3/9), o acusado foi transferido do 19ª Batalhão — onde ficam presos ex-militares e ex-bombeiros —, para o Centro de Detenção Provisória 2 (CDP 2), no Complexo Penitenciário da Papuda.
Sem o registro concedido pela OAB, a magistrada Leila Cury entendeu que o advogado não tinha mais o direito de permanecer preso na sala de Estado-Maior. Paulo foi encaminhado ao CDP 2, presídio que recebe presos recém-chegados da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP) para cumprir a quarentena. Lá ele dividirá a cela com outros detentos.
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