O título Senjutsu é uma palavra japonesa que significa táticas e estratégias, em tradução literal. Toda temática visual do disco gira em torno da figura do samurai, até o mascote da banda, Eddie, foi vestido de samurai, com as famosas artes Mark Wilkinson, que há anos desenha o monstro, para o lançamento de discos.
O álbum foi recebido de forma efusiva por fãs e pela crítica internacional. Nenhuma das resenhas iniciais de sites deram notas abaixo de 7 para o lançamento mais novo do Iron Maiden. Senjutsu apresenta a banda na melhor forma, com Bruce Dickinson ainda atingindo notas difíceis, as composições de Steve Harris complexas e épicas, e as estruturas musicais feitas para o sucesso em shows, com longas partes em que o público pode acompanhar cantando.
“Nenhuma banda de heavy metal precisa chegar ao 17º álbum para provar algo, mas como é bom termos a oportunidade de ouvir esses senhores brincando com instrumentos e com a arte mais uma vez”, pontua Lucas Gomes. Contudo, apesar do bom trabalho, não é uma unanimidade que o álbum foi só acertos. Para João Pedro Peralta, outro integrante do podcast VnE e interessado em metal, a primeira impressão do disco apresenta pontos positivos e negativos. “O álbum traz algumas experimentações, principalmente na primeira parte, que revigoram a sonoridade da banda, em comparação aos últimos anos. Entretanto, na segunda metade, o Iron Maiden recorre novamente a alguns vícios maçantes que me desagradaram nos últimos álbuns, como faixas desnecessariamente longas e pretensiosas”, comenta.
Os shows são o próximo passo do Iron Maiden, que está com a última turnê por terminar e se prepara para rodar o mundo em 2022. Uma das principais paradas da viagem da Donzela de Ferro é justamente no Brasil. Os roqueiros se apresentam no Rock in Rio 2022 em 2 de setembro. Completam as atrações do Palco Mundo na noite a banda Dream Theater, Megadeth e Sepultura.