Facção criminosa

Facção: tribunal do crime ordenou decapitação de jovem em Ceilândia

Randerson Silva Carmo seria integrante do Comando Vermelho e foi morto no começo de julho. A vítima teve a cabeça encontrada em uma praça de Águas Lindas (GO). Investigações da Polícia Civil do Estado de Goiás revelaram que a morte teria sido motivada por uma guerra de facções

A guerra entre as duas maiores facções criminosas do país teria motivado o assassinato de Randerson Silva Carmo, jovem que foi morto em Ceilândia e teve a cabeça decapitada e jogada na Praça Santa Lúcia, em Águas Lindas de Goiás, distante cerca de 48km de Brasília. Dois suspeitos de integrarem o Primeiro Comando da Capital (PCC) foram presos, e um outro homem foi morto durante um confronto com policiais militares de Goiás.

Randerson seria integrante o Comando Vermelho (CV), facção oriunda do Rio de Janeiro. Uma disputa por pontos de drogas teria resultado na sua morte. No começo de julho, o rapaz, natural do Pará, foi sequestrado por quatro homens e levado até uma casa alugada por traficantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Mal sabia Randerson que iria participar de um julgamento.

O infame tribunal do crime durou mais de três horas. “Os traficantes fizeram uma videoconferência com representantes do PCC de outros estados para determinar qual seria a pena que ele iria receber”, detalhou o delegado Vinícius Máximo, titular do Grupo de Investigações de Homicídios de Águas Lindas.

A facção ordenou a morte de Randerson e determinaram que a cabeça do rapaz fosse decapitada e jogada na Praça Santa Lúcia, área disputada pelo tráfico.

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Vídeos gravados pelos próprios traficantes registraram todo o “cumprimento da sentença”. Segundo a polícia, integrantes da facção criminosa precisam deixar o “serviço” registrado para “mostrar a força da organização”.

Dois homens, que não tiveram a identidade revelada, foram presos e devem ser encaminhados para o DF, uma vez que o homicídio foi cometido em Ceilândia. Outro suspeito morreu em um confronto com a PMGO poucos dias depois do crime. “Estamos trabalhando para identificar o quarto envolvido”, finalizou o delegado Vinícius.