Gripe

Vacinação contra gripe está abaixo da meta no DF

A campanha de vacinação, que começou em abril para os grupos prioritários, foi prorrogada em julho para que mais pessoas tomassem a dose única do imunizante

A aplicação de vacinas contra a influenza está abaixo da meta no Distrito Federal. A campanha de vacinação, que começou em abril para os grupos prioritários, foi prorrogada em julho para que mais pessoas tomassem a dose única do imunizante. Atualmente, está sendo ofertado para o público em geral. A vacina contra a gripe protege dos vírus Influenza A H1N1 e H3N2, e Influenza B.

A infectologista Joana D’Arc destaca que a vacina contra a gripe sempre foi uma recomendação e que a população, em especial os grupos de risco, devem tomar a dose. “A gente sabe que, com a imunização contra a influenza A e B, houve uma redução de mais de 20% de mortalidade em idosos e nós sabemos que uma das principais causas de hospitalização em pessoas maiores de 50 anos é por complicações pulmonares”, enfatiza.

Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), até o último dia 13, o grupo de professores, considerado prioritário, foi o que mais se vacinou: com 75,7% do público-alvo. Enquanto outros grupos atingiram o seguinte percentual: idosos (69,0%), gestantes (65,1%), crianças (62,3%), trabalhadores de saúde (56,3%), puérperas (55,5%) e comorbidades (27,3%).

A meta da saúde é vacinar pelo menos 90% dos grupos elegíveis. Mesmo com a ampliação da oferta, a SES orienta que as pessoas que são pertencentes aos grupos elegíveis para vacinação, especialmente os idosos, as crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, as gestantes e as puérperas, que ainda não receberam a dose da vacina contra a Influenza nesse ano, que procurem um ponto de vacinação para receber a dose.

Levando em consideração a pandemia do novo coronavírus, a importância da vacina contra a influenza se faz mais presente. Segundo a infectologista Joana, quando a pessoa toma a dose contra a gripe, ela minimiza os riscos de infecção respiratória por dois vírus diferentes, logo ajuda a evitar o agravamento nesses casos. “Ao adquirir a covid-19, muitas pessoas vão ter complicações pulmonares. Então, quando você faz a vacina da gripe, você está reduzindo as chances de complicação e de riscos por outras infecções. Em um cenário péssimo, pode ter a coinfecção de pegar a covid-19 e também uma influenza, a possibilidade de risco de mortalidade é bem maior”, explica.

Benefícios

A concurseira (estudante) Débora Figueiredo, 25 anos, afirma que não gripa há cerca de quatro anos, quando começou a se vacinar contra a influenza, mesmo sem pertencer ao grupo prioritário, e isso a ajudou muito. “Tem uns quatro anos que eu não gripo desde que comecei a tomar a vacina. Além da vacina, eu tomo vitamina C e D para ajudar na imunidade”, relata. A jovem deixou de lado o medo da agulha e encarou a vacina, pois não aguentava mais ficar doente repetidas vezes. “Quando eu não tomava a vacina da gripe, todo mês, eu ficava gripada”, acrescenta.

A recepcionista Victória Gonçalves, 21 anos, decidiu tomar a vacina devido a imunidade. “O que me influenciou a tomar a vacina da gripe anualmente foi a minha imunidade baixa”. Ela diz que gripava com frequência, agora os sintomas costumam ser leves.

* Estagiária sob a supervisão de Rosane Garcia


Orientação

Funcionamento dos postos: das 8h às 17h
Necessário levar documento de identificação e cartão de vacinação.
Quem tomou a primeira dose (D1) contra a covid-19, deve aguardar um prazo mínimo de 14 dias para se vacinar contra a gripe. Se recebeu a vacina CoronaVac, é necessário aguardar o término do ciclo vacinal, ou seja, vacinar-se contra a gripe somente 14 dias após receber a segunda dose.
É contraindicada para crianças menores de 6 meses de idade e pessoas com história de anafilaxia a doses anteriores que apresentam contraindicação a doses subsequentes.